A China está fazendo esforços para modernizar sua produção agrícola e reduzir sua dependência em importações, segundo o site oficial de notícias do governo Xinhua.
O maior produtor de mundial grãos deve ter uma safra recorde de 706,5 milhões de toneladas em 2024, segundo o site. Esse volume é 1,6% superior ao da safra passada.
Os investimentos estão dando resultados. A Região Autônoma Uigur de Xinjiang, no noroeste da China, conquistou o primeiro lugar no país em termos de rendimento de grãos por unidade de área em 2024, de acordo com dados do departamento regional de agricultura e assuntos rurais. Foram 524,8 kg por mu, ou 7.872 kg por hectare, 130 kg a mais do que a média nacional e o maior rendimento de grãos por mu (um hectare equivale a 15 mus) entre as regiões de nível provincial do país.
“O salto de Xinjiang para o topo do país em rendimento de grãos por mu marca um novo avanço nos esforços da região para aumentar a produção de grãos”, disse Li Jing, vice-diretora do departamento, segundo o Xinhua.
De acordo com Li, este ano, mais de 98% das safras de grãos de Xinjiang, como trigo e milho, foram cultivadas de sementes de alta qualidade, e as taxas de mecanização para agricultura e colheita atingiram 99,5% e 95,5%, respectivamente.
Os esforços para atingir o resultado incluem a adoção de técnicas avançadas de cultivo para otimizar a densidade de plantio e os níveis de umidade, aplicando água e fertilizantes com precisão e minimizando perdas durante a colheita mecânica.
“Essas medidas produziram resultados notáveis”, disse Li, observando que um novo recorde nacional foi estabelecido na sub-região autônoma cazaque de Ili, onde o rendimento de milho por mu ultrapassou uma tonelada em um projeto experimental cobrindo um milhão de mu de terra.
Apesar de todo esse resultado, a China continua dependente das importações de grãos, principalmente para alimentar seu rebanho de suínos e aves. Com o início do mandato do presidente americano Donald Trump, que promete elevar tarifas na importação de produtos chineses, Pequim deve elevar as compras de soja, milho, trigo e outros cereais de países como o Brasil, Argentina e Canadá.