O deputado federal General Girão (PL-RN) cobrou investigação e punição rigorosa aos envolvidos no suposto esquema operado pelo empresário Marcos Moura.
Conhecido como “Rei do Lixo“, o empresário foi preso na semana passada e solto nesta quinta-feira (19).
Durante o discurso no plenário da Câmara, Girão fez críticas à corrupção no Brasil sem citar nomes, associando o caso a outro episódio histórico. A suspeita é de um desvio na ordem de R$ 1,4 bilhão por meio de desvio de emendas e fraude de licitações.
“O rei do lixo tem um cofre. Lembram do cofre do Adhemar de Barros lá em São Paulo? É um absurdo, mais um cofre na história do Brasil que está envolvendo realmente muitas autoridades, inclusive parece que temos parlamentares aqui envolvidos também”, afirmou o deputado do PL.
Adhemar de Barros foi governador de São Paulo em duas ocasiões. Em 1969, quando ele já não governava o estado, um grupo armado roubou 2,4 milhões de dólares de um cofre em sua casa, dinheiro considerado fruto de corrupção.
Conforme apurado pela CNN, Moura guardava em um cofre uma escritura de compra e venda de um imóvel de luxo de uma empresa da filha dele para o líder do União Brasil na Câmara dos Deputados, Elmar Nascimento (BA).
O empresário Marcos Moura integra a cúpula do União e é próximo do ex-prefeito de Salvador, ACM Neto. Outro nome da legenda Brasil relacionado ao caso é o do senador Davi Alcolumbre, do Amapá.
O suposto esquema de fraudes envolveria pelo menos 12 estados, incluindo São Paulo e Rio de Janeiro. A Polícia Federal (PF) localizou uma planilha que detalha as operações do grupo.