O corredor espanhol Mohamed Katir foi suspenso por quatro anos pela Unidade de Integridade do Atletismo (AIU) por falsificar documentos durante uma investigação sobre falhas no seu paradeiro, pelas quais já foi suspenso por dois anos no início deste ano.
Katir admitiu três falhas de localização durante 2023.
De acordo com a regra de “paradeiro” da WADA (Agência Mundial Antidoping), todos os atletas devem estar disponíveis para testadores de drogas durante uma hora por dia para testes fora de competição.
Já segundo as regras antidoping da World Athletics, três falhas de localização num período de 12 meses resultam numa violação das regras.
O jovem de 26 anos, que conquistou a medalha de prata nos 5.000m no Campeonato Mundial de Atletismo no ano passado, cumprirá as duas punições simultaneamente, estendendo sua inelegibilidade para competir até fevereiro de 2028.
“Foi descoberto que [Katir] falsificou documentos de viagem (nomeadamente um itinerário de viagem, cartão de embarque e confirmação de reserva) numa tentativa de enganar os investigadores”, afirmou a AIU num comunicado.
No entanto, o Tribunal Disciplinar que julgou o caso negou o pedido da AIU para que os resultados de Katir fossem desclassificados a partir de 9 de março de 2023 por não ter beneficiado de vantagem competitiva, acrescenta o comunicado.
“A grande maioria dos nossos atletas de elite respeita as regras e processos rígidos do esporte e devem se animar com as ações que estão sendo tomadas para garantir condições de concorrência equitativas”, disse o chefe da AIU, Brett Clothier.