Fique por dentro das principais notícias do mercado desta sexta-feira Por Investing.com

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Por Peter Nurse e Jessica Bahia Melo

Investing.com — Wall Street está sendo negociada em baixa na sexta-feira, antes da divulgação do indicador de inflação favorito do Federal Reserve. A possibilidade de uma paralisação do governo dos EUA também afetou o sentimento, enquanto Donald Trump ameaçou a União Europeia com tarifas, o que pode desencadear uma guerra comercial.

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1. O núcleo do índice PCE é grande

Os principais bancos centrais do mundo já tomaram suas decisões de política monetária para o ano, o que deixa um dado econômico importante para ser divulgado na sexta-feira, antes que os investidores possam se acalmar para o feriado – o núcleo do índice de preços de despesas pessoais, o indicador de inflação preferido do Fed.

Os riscos de alta para a inflação estão de volta ao radar do Fed, com os preços ao consumidor dos EUA registrando o maior aumento em sete meses em novembro, e a possibilidade de o novo governo de Donald Trump autorizar políticas comerciais e fiscais que muitos consideram inflacionárias.

O Federal Reserve reagiu a isso cortando sua previsão de cortes adicionais nas taxas em 2025 para dois, de quatro em setembro, no início desta semana, ao sancionar outra redução de 25 pontos-base.

No entanto, a natureza hawkish dos comentários do Fed sugere que a probabilidade mudou para menos ou potencialmente nenhuma redução adicional no próximo ano, o que significa que um aumento mais forte do que o esperado no núcleo do índice PCE pode ter um impacto desproporcional nos mercados.

Espera-se que o de novembro aumente 2,9% em uma base anual, acima dos 2,8% do mês anterior, enquanto o valor mensal deve subir 0,2%, uma queda em relação aos 0,3% de outubro.

Os futuros das ações dos EUA recuaram na sexta-feira, antes da divulgação da inflação favorita do Federal Reserve, com os investidores preocupados com uma possível paralisação do governo.

Às 8h (de Brasília), o contrato estava em queda de 0,42%, o caiu 0,72%, e o recuava 1,24%.

O sentimento foi afetado pelo fracasso de uma medida republicana apoiada por Trump para financiar o governo por três meses e evitar uma paralisação do governo, que fracassou na quinta-feira. Sem um acordo, uma paralisação parcial está programada para começar na sexta-feira.

O foco também está na divulgação do indicador de inflação preferido do Fed, o índice de preços do núcleo das despesas de consumo pessoal. Isso ocorre apenas alguns dias depois que o Federal Reserve indicou um ritmo mais lento de cortes nas taxas em 2025, o que pode pesar sobre a atividade econômica.

Os três principais índices de ações estão em vias de sofrer perdas semanais acentuadas, com o e o caindo mais de 3% no acumulado da semana, enquanto o está perdendo mais de 2%.

O da Universidade de Michigan é o principal lançamento de dados econômicos, além do núcleo do PCE, enquanto as ações em foco incluem a gigante de entregas FedEx (NYSE:) e a varejista de roupas esportivas Nike (NYSE:).

CONFIRA:

2. A paralisação do governo dos EUA se aproxima

A paralisação parcial do governo dos EUA ficou mais próxima depois que um projeto de lei de gastos apoiado por Donald Trump fracassou na Câmara dos Deputados dos EUA na quinta-feira.

Os líderes republicanos haviam elaborado esse novo acordo depois que um acordo bipartidário anterior, apoiado pelo presidente da Câmara, Mike Johnson, já havia sido torpedeado pelo presidente eleito Donald Trump.

No entanto, os membros da ala direita do partido se recusaram a apoiar um pacote que aumentaria os gastos, potencialmente acrescentando mais trilhões à dívida de US$ 36 trilhões do governo federal.

O financiamento do governo deve expirar à meia-noite de sexta-feira. Se os legisladores não conseguirem estender esse prazo, o governo dos EUA iniciará uma paralisação parcial que poderá interromper o pagamento de mais de 2 milhões de funcionários federais.

O Goldman Sachs (NYSE:) estima que cada semana de paralisação reduziria o crescimento trimestral do PIB em 0,15 ponto percentual, com uma recuperação equivalente após a reabertura do governo.

3. Trump ameaça a UE com tarifas

Uma guerra comercial entre os EUA e a União Europeia tornou-se mais provável na sexta-feira, depois que o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, ameaçou o bloco comercial com tarifas, a menos que ele feche sua lacuna comercial com os EUA comprando o e o gás do país.

“Eu disse à União Europeia que eles devem compensar seu enorme déficit com os Estados Unidos por meio da compra em larga escala de nosso petróleo e gás”, disse Trump em um post no Truth Social.

“Caso contrário, serão tarifas até o fim!!!”, acrescentou.

Trump fez várias ameaças de tarifas abrangentes sobre os parceiros comerciais dos EUA, incluindo China, México e Canadá, e a União Europeia parece ser a próxima em sua mira.

Os EUA foram o maior destinatário de produtos da UE em 2023, respondendo por 19,7% de suas exportações, de acordo com dados dos EUA, com o déficit comercial de bens e serviços do país com a União Europeia em US$ 131,3 bilhões em 2022.

CONFIRA: Cotações das commodities

4. Petróleo registra perdas semanais

Os preços do petróleo caíram na sexta-feira, a caminho de grandes perdas semanais, com o peso de um mais forte e preocupações persistentes sobre a desaceleração da demanda.

Às 8h, os futuros do petróleo bruto dos EUA (WTI) caíram 2,79%, para US$68,61 por barril, enquanto o contrato caiu 1,06%, para US$72,11 por barril.

Os índices de referência estão em curso para perdas semanais de cerca de 3%, depois que o dólar disparou para o maior valor em dois anos, na esteira do Federal Reserve, que se tornou hawkish em relação ao corte das taxas de juros em 2025.

Um dólar mais forte torna o petróleo mais caro para os detentores de outras moedas, ao passo que um ritmo mais lento de cortes nas taxas poderia prejudicar o crescimento econômico e reduzir a demanda por petróleo.

Na frente da demanda, detalhes limitados sobre mais medidas de estímulo na China e sinais de arrefecimento da demanda de combustível nos EUA também pesaram.

No Brasil, Câmara e Senado aprovaram pacote de corte de gastos do governo, mas com uma série de ajustes.

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5. Corte de gastos no Brasil desidratado no Congresso

A Câmara dos Deputados e o Senado aprovaram os textos que fazem parte do pacote de ajuste fiscal proposto pelo governo, com uma série de mudanças que devem tornar a contenção de gastos ainda menor. O pacote agora segue para sanção presidencial.

Entre as alterações, estão nas regras para supersalários, abono salarial, e no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). As mudanças foram feitas na Câmara e o Senado aprovou texto semelhante, ainda que não tenham concordado com uso de verba do Fundeb para merenda em escolas.

As medidas visam ajustar as contas públicas e amenizar a aversão ao risco no mercado. De acordo com a Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado, o país precisa apresentar superávits de 2,4% ao ano para estabilizar a relação da dívida pública com o Produto Interno Bruto (PIB).

Às 8h02 (de Brasília), o ETF EWZ (NYSE:) recuava 0,83% no pré-mercado.

  • A analista Cristiane Fensterseifer analisou as ações da Brava Energia através da ferramenta InvestingPro. Confira abaixo a análise completa e desfrute de uma surpresa disponível no vídeo para assinar o InvestingPro.

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