O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta sexta-feira (20) que a pasta econômica identificou uma “inconsistência” no projeto da reforma da renda que vem sendo elaborado pelo governo. Segundo o ministro, será necessário cerca de duas semanas para ajustar a proposta.
Entre as medidas previstas, está a ampliação da faixa de isenção do imposto de renda para R$ 5 mil. O projeto será enviado ao Congresso Nacional somente em 2025.
“Percebemos uma inconsistência no modelo do projeto de isenção. De qualquer maneira, não seria para votar esse ano. Não tínhamos essa pretensão. A ideia era usar o ano de 2025 para discutir. A reforma da renda vai passar por outros temas também. Queremos neutralidade“, disse Haddad a jornalistas.
De acordo com Haddad, o projeto não será votado no Congresso Nacional se não houver neutralidade, isto é, não haverá perda de arrecadação nem perda de receita.
O ministro informou que a neutralidade da reforma da renda já foi acordada com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira. Os líderes partidários também estão de acordo com a neutralidade do projeto, segundo Haddad.
“Não se vota sem neutralidade. Não é arrecadar nem renunciar receita”, disse Haddad.
Após a conclusão do texto pela equipe econômica, a reforma da renda será encaminhada para a Casa Civil.
“Não é de bom tom mandar sem ninguém em Brasília. Como está sendo revisto o texto, o parâmetro do texto, vou ter uns dias de trabalho, que vai se estender até os primeiros dias do ano que vem”, afirmou Haddad.