A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira (20) a segunda fase de uma operação contra um suposto esquema de venda de decisões judiciais.
As investigações da PF apontaram diversas operações imobiliárias suspeitas promovidas pelos investigados, com intuito de acobertar a origem ilícita do dinheiro utilizado para financiar a compra de imóveis residenciais e de veículos.
O Supremo Tribunal Federal determinou que fossem cumpridos mandados de busca e apreensão, além do afastamento das funções públicas de servidores do Poder Judiciário, a proibição de contato e saída do país, o recolhimento de passaportes, o bloqueio de R$ 1,8 milhão dos investigados e o sequestro dos imóveis adquiridos por um Magistrado.
A primeira fase da operação “Sisamnes” , deflagrada em novembro deste ano, teve como objetivo investigar o crime de lavagem de dinheiro decorrente do esquema de venda de decisões judiciais.
Primeira fase da operação
Na primeira fase da operação, realizada no dia 26 de novembro, a PF realizou um mandado de prisão preventiva e 23 de busca e apreensão no Distrito Federal, no Mato Grosso e em Pernambuco.
Medidas cautelares como instalação de monitoramento eletrônico, afastamento das funções públicas de servidores e integrantes do Poder Judiciário, bem como sequestro de bens e valores dos investigados também foram implementadas.
Dentre os investigados há advogados, lobistas, empresários, assessores, chefes de gabinete e magistrados.
As investigações apuram possíveis crimes de organização criminosa, corrupção, exploração de prestígio e violação de sigilo funcional.
(Com informações de Gabriela Boechat)
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