Renan Lodi relembra estreia e conselho de Lucho no Athletico

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O lateral-esquerdo Renan Lodi relembrou a passagem e sua estreia como profissional do Athletico. O jogador do Al-Hilal, que sempre deixou clara a sua paixão pelo Furacão, comentou como sente saudades do clube e contou que começou na base como atacante.

“Eu fui criado no Athletico, desde os 13 até os 21 anos. Grato a todos, mas principalmente para as tias. Eu criei muito laços, desde a portaria até as tias das refeições, eu sou muito grato e sinto muitas saudades”, afirmou em vídeo nas redes sociais.

“Nos primeiros seis meses no Athletico, eu sempre fui atacante. Aí o Pedro Sotero, que era o treinador do sub-13, sub-14, falou que estava tendo muitos atacantes, ‘estou vendo que você tá tendo um pouco de dificuldade de jogar de atacante, vamos te testar de lateral-esquerdo’. Eu não adaptava, não gostava. Fui para um campeonato em Londrina jogando de atacante. E eu lembro que ele falou que de atacante não tava dando, vamos de lateral mesmo. Aí comecei lateral e eu não que deu”, relembrou.

Lodi fala como subiu ao profissional e comenta estreia contra o Grêmio

De quarta opção a titular contra o Grêmio, pelo Brasileirão 2016. O lateral-esquerdo relembrou a ligação de Tiago Nunes, quando ele estava dentro do ônibus, que o informou que faria sua estreia no profissional.

“Um machucou, aí o outro não sei se foi com seleção de base… o Sidcley estava machucado também. Eu estava no sub-20 e estava vindo para um jogo na base contra o Palmeiras, aqui na Arena. Aí no meio do trajeto do CT até a Arena, o Tiago Nunes me ligou e falou: ‘profissional vai precisar de você, o Paulo Autuori está precisando’. Aí eu voltei pro CT, um funcionário me pegou levou de tá de voltei, treinei ali como titular do profissional até minha estreia contra o Grêmio. E foi assim que aconteceu, de quarto lateral eu me tornei o primeiro”, contou

“Fiz três jogos no profissional contra o Grêmio, América-MG, Coritiba, aí desci de novo para o sub-20. Aí ficou naquilo, um trevo na cabeça, se você vai emprestado ou não. Mas o Tiago Nunes foi para o sub-23 na época, junto com o Autuori, e ele me subiu. Fizemos o Paranaense sub-23 com o Tiago, aí no ano seguinte ele foi para o profissional e eu já subi. Fiquei um ano no profissional, então não deu para disfrutar”, acrescentou.

Rena Lodi ainda relembrou como conciliava treinados, estudos e as aulas da autoescola.

“Quando cheguei não ali [no Athletico] na base sub-13 né, foi um momento, de muita alegria de muita emoção. Teve um momento ali que foi muito louco né. Eu tava com 18 anos, então eu já poderia tirar a habilitação. Aí de manhã treinava no profissional, a tarde tinha que fazer a aula teórica ali com a autoescola e à noite estudar. Então, foi durante uns cinco meses assim, meses intensos, mas que depois valeram a pena”, comentou.

Título, conselho de Lucho González e venda

Foi com o próprio Tiago Nunes que Renan Lodi se firmou de vez como titular da lateral esquerda do Furacão em 2018. O jogador foi fundamental na campanha do título da Sul-Americana naquele ano e da arrancada no Brasileirão. As atuações despertaram interesses do futebol europeu.

“Eu tinha medo a todo momento. Aí apareceu o Brasileirão para jogar, a Copa do Brasil já tava nas retas finais. A Sul-Americana, que a gente já estava classificado para as oitavas, já isso aí começou foi, e de que deu. Uma loucura”, declarou.

O jogador também relembrou um conselho de Lucho González, ex-jogador e técnico do clube, e também de Thiago Heleno e Santos, antes de duelo decisivo pelas semifinais da Sula.

“Teve um momento que eu já estava muito ansioso, foi antes do jogo do Fluminense, na semifinal da Sula. Porque apareceu, nesse dia, a conversa com o Atlético de Madrid, Tottenham e Zenit. O Lucho concentrava do lado do meu quarto, eu tava muito ansioso muito. Então, eu fui lá falar com ele, que era o capitão e a referência da equipe, junto com o Thiago Heleno. Ele começou a me passar a experiência que ele tinha, me acalmou: ‘calma, faz o jogo aí tranquilo que as coisas vão acontecer naturalmente’. Fomos para o lanche, mas eu voltei pior. Aí fui no quarto do Thiago Heleno e a mesma coisa tipo, ele concentrava com o Santos, conversamos e eu fiquei mais calmo”, revelou.

Lodi acabou sendo decisivo naquele primeiro jogo contra o Fluminense, na Ligga Arena.

“Fomos para o jogo, eu dei assistência no jogo e fiz um gol. Fiquei mais tranquilo porque eu consegui fazer um grande jogo. No jogo de volta, lá no Maracanã, nessa semana teve a reunião com o Atlético de Madrid. Eu já estava meio que vendido, então eu falei ‘cara, agora não posso tipo fazer uma merda aqui, senão não vão gostar’. Era o pensamento que eu tinha, mas já estava tudo esquematizado e eu nem sabia. Aí eu fiz a Sul-americana, mais um restante do Brasileiro e fui vendido. Fui o jogador mais caro da história do clube e o jogador o defensor mais caro da história de futebol brasileiro”, finalizou.

Aos 21 anos, em julho de 2019, Lodi deixou o Athletico por 20 milhões de euros (mais de 87 milhões na cotação da época), a maior negociação da história do clube. Foram três temporadas no Atlético de Madrid.

Depois, Lodi acabou emprestado ao Nottingham Forest, da Inglaterra, por um ano. Em 2023, foi vendido ao Olympique de Marseille e, seis meses depois, ao Al-Hilal, da Arábia Saudita, onde está atualmente. Aos 26 anos, o piá do Caju, vale lembrar, nunca escondeu seu desejo de retornar ao Athletico no futuro.

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