Por Richard Cowan e Bo Erickson e Andy Sullivan e Katharine Jackson
WASHINGTON (Reuters) – O Congresso dos Estados Unidos aprovou no começo deste sábado uma lei de gastos que evitará a paralisação do governo antes da temporada de viagens de fim de ano. O Senado, que atualmente é controlado pelos democratas, aprovou a lei por 85 votos a 11, mantendo o financiamento do governo 38 minutos após a lei anterior ter expirado, à meia-noite no horário local. O projeto de lei será agora enviado à Casa Branca, para que o presidente Joe Biden possa sancioná-lo. O pacote já tinha sido aprovado, com amplo apoio bipartidário, pela Câmara dos Deputados, que é controlada pelos republicanos. A votação noturna encerrou uma semana frenética, que teve o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, e o bilionário Elon Musk, seu aliado, derrotados em um primeiro acordo bipartidário.
A versão final retirou algumas das provisões defendidas pelos democratas, que acusaram os adversários de ceder à pressão de um bilionário que não foi eleito e não tem experiência no governo. O Congresso não discutiu a exigência de Trump de aumentar o teto da dívida antes de ele assumir o cargo, em 20 de janeiro, uma tarefa considerada politicamente difícil. A lei estendeu o financiamento do governo até 14 de março e prevê 100 bilhões de dólares para estados atingidos por desastres, além de 10 bilhões em subsídios agrícolas. O texto aprovado também estende programas de auxílio ao agronegócio e ao setor alimentar, que expirariam no fim do ano. (Reportagem adicional de Susan Heavey)