Estudantes de Mato Grosso desenvolvem tijolo sustentável à base de resíduos de algodão

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Alunos da Escola Técnica Estadual (ETEC) de Campo Verde, em Mato Grosso, criaram um tijolo sustentável feito com resíduos de algodão, batizado de “EcoTijolo”. A inovação tem o potencial de reduzir custos de construção, melhorar a eficiência energética das edificações e contribuir significativamente para a preservação ambiental.

O projeto foi desenvolvido por estudantes do curso Técnico em Têxtil, sob a orientação da professora Manoela Lara Dias, vinculado à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Seciteci).

A iniciativa começou com a coleta de caroços, fibras residuais e partículas geradas no beneficiamento do algodão, uma das principais atividades agrícolas de Campo Verde.

Esses resíduos foram secos ao sol para remoção de umidade, triturados e misturados com proporções específicas de areia e cimento. Após a moldagem, os tijolos passaram por testes laboratoriais que comprovaram sua resistência similar à dos materiais convencionais.

Benefícios econômicos e ambientais em Mato Grosso

O uso de resíduos de algodão reduz o custo de produção, tornando o EcoTijolo mais acessível economicamente. Além disso, o material oferece benefícios ambientais ao diminuir o desperdício agrícola, reduzir a extração de recursos naturais e minimizar emissões de carbono. Outro destaque é sua capacidade de deixar os ambientes construídos mais frescos, o que reforça sua eficiência energética.

Inovação e impacto social

A professora Manoela Lara Dias ressalta que o EcoTijolo é mais do que uma inovação tecnológica:

“É uma solução prática que conecta o setor agrícola, educacional e social em prol de um futuro sustentável e inclusivo. Ideias como essa colocam a Escola Técnica de Campo Verde como referência em sustentabilidade, transformando resíduos em possibilidades.”

O projeto também promoveu uma conexão mais forte entre a escola e a comunidade, com potencial para aplicação local em obras como escolas, centros comunitários e residências.

Formação de profissionais sustentáveis

O estudante Evandro Carlos Almeida destacou o papel da escola e da professora orientadora no desenvolvimento do projeto, apontando a iniciativa como fundamental para seu aprendizado prático e visão empreendedora.

Seciteci em expansão

Atualmente, Mato Grosso conta com 15 escolas técnicas estaduais, e até 2025 esse número será ampliado para 17 unidades. Os cursos são voltados para demandas regionais, como Agronegócio, Agricultura e Meio Ambiente, reforçando o papel da educação técnica na formação de profissionais alinhados aos desafios do mercado e da sustentabilidade.

O EcoTijolo representa um marco para a região, unindo tecnologia, responsabilidade ambiental e inovação no uso de recursos agrícolas em prol de um futuro mais verde.

MATO GROSSO – CenárioMT

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