As novas encomendas de bens de capital manufaturados dos Estados Unidos aumentaram em novembro em meio à forte demanda por maquinário, oferecendo mais sinais de que a economia tem uma base sólidas no final deste ano.
O relatório do Departamento de Comércio dos EUA nesta segunda-feira (23), que também mostrou que as remessas desses bens aumentaram pelo segundo mês consecutivo, veio na esteira de dados fortes de gastos dos consumidores na semana passada.
Os dados ressaltam a resiliência da economia que levou o Federal Reserve (Fed) a projetar na semana passada menos cortes na taxa de juros em 2025.
“Essa força é consistente com nossa visão de que o crescimento dos gastos empresariais com equipamentos acelerará de forma suave no próximo ano”, disse Michael Pearce, economista-chefe adjunto da Oxford Economics para os EUA.
“A recuperação nos pedidos e remessas de bens de capital pode refletir algum alívio da incerteza política, agora que a eleição já passou.”
Os pedidos de bens de capital não relacionados à defesa, excluindo aeronaves, um indicador observado de perto dos planos de gastos das empresas, aumentaram 0,7% em novembro após queda de 0,1% em outubro, informou o Departamento de Comércio. Economistas consultados pela Reuters previam alta de 0,1%.
As remessas desses bens de capital aumentaram 0,4% em relação ao ano anterior, com uma alta de 0,5% em novembro após avanço de 0,4% em outubro.
O investimento empresarial tem se mantido, em grande parte, apesar do agressivo aperto da política monetária pelo banco central dos EUA em 2022 e 2023 para controlar a inflação.
Na semana passada, o Fed reduziu sua taxa de juros de referência em 25 pontos-base, para a faixa de 4,25% a 4,50%. Ele previu apenas duas reduções em 2025, em um sinal de que a economia continua resiliente e a inflação ainda está alta.