Geninho relembra título de 2001 do Athletico, que completa 23 anos

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O título do Campeonato Brasileiro de 2001 do Athletico completa 23 anos neste dia 23 de dezembro. A realidade do Furacão agora é outra com a queda para a Série B em pleno centenário.

Na última segunda-feira (16), o técnico Geninho, que conduziu aquele time histórico do Athletico à taça inédita, participou do podcast Carneiro & Mafuz, comparou o que aconteceu com o clube naquela temporada para a situação atual.

“As coisas acontecem, porque têm que acontecer. Aquele título de 2001, o Athletico já vinha com uma estrutura boa, estádio, já tinha montado dois, três times bons. E aquele título deu o salto de qualidade que o Athletico precisava para subir. E o Athletico passou a ganhar coisa, a crescer, foi cada vez se fortalecendo mais”, declarou.

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“E, de repente, parece que o salto ficou muito alto e ele caiu. De repente, não soube conviver com tudo isso que havia conquistado. Achou que não iria acontecer nunca. E no futebol não tem o nunca. O futebol é completamente imprevisível. Como o Athletico foi campeão de uma maneira imprevisível em 2001, ele cai agora de uma maneira que ninguém achasse que ele era um dos candidatos a cair, pelo contrário”, completou Geninho.

O treinador também comenta o que fez para que aquele grupo desse a virada de chave. Geninho pegou a equipe em crise e mais perto da ZR do que da liderança. O ídolo rubro-negro relembra que a montagem do elenco foi feita por Mário Sérgio, falecido no trágico acidente com o voo da Chapecoense e que deu a famosa declaração sobre a “noitada rubro-negra”.

“Quem montou aquele time foi o Mário [Sérgio], que era um grande amigo meu. Logo que eu cheguei e liguei para ele e falei: ‘que pepino você largou na minha mão, que declaração boa você deixou para mim’. Que foi aquela: ou o Athletico acaba com a noite ou a noite acaba com o Athletico. Mas eu acabei usando um pouco daquilo que ele deixou, para jogar a responsabilidade para o grupo. Eu cheguei e mostrei o jornal para o grupo”, explicou.

“Um dos detalhes foi jogar a responsabilidade neles e cobrá-los, para que eles começassem a produzir aquilo que eu sabia que eles poderiam produzir”, disse.

“O Mário montou o time, mas era um quebra-cabeças com as peças fora do lugar. O quebra-cabeças, se você não tem o encaixe certinho, você não monta. E eu comecei a encaixar as peças, conhecia alguns jogadores”, acrescentou.

Após arrancada e vice-liderança da primeira fase, o Athletico eliminou São Paulo e Fluminense nos mata-matas para disputar as finais contra o São Caetano. Após 4 a 2 na ida na então Arena da Baixada, com direito a hat-trick do atacante Alex Mineiro, o Furacão bateu os paulistas por 1 a 0, com mais um gol do histórico camisa 9 para alcançar o troféu inédito.

Alex Mineiro na campanha do título de 2001.

Geninho recebeu honraria da Prefeitura de Curitiba neste mês

No início do mês, Geninho recebeu a Cidadania Honorária de Curitiba. É o título mais importante concedido a uma pessoa não nascida na capital paranaense. 

A homenagem foi entregue na Câmara após aprovação ao projeto, que teve autoria dos vereadores João da 5 Irmãos (MDB) e Bruno Pessuti (Pode). Foram 28 votos favoráveis e uma abstenção, da vereadora Amália Tortato (Novo).

+ Especial 100 anos: Geninho, o campeão

Assista à entrevista completa de Geninho no podcast Carneiro & Mafuz

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