A Nippon Steel está conseguindo apoio para proposta de aquisição da U.S. Steel em regiões dos Estados Unidos onde estão localizadas siderúrgicas, afirmou o presidente da empresa japonesa Tadashi Imai nesta quarta-feira (25).
Nesta segunda-feira (23), um comitê de investimentos estrangeiros dos EUA encaminhou a decisão de aprovar ou barrar o acordo de US$ 15 bilhões ao presidente Joe Biden, que tem 15 dias para se posicionar.
Biden e seu sucessor eleito, Donald Trump, manifestaram oposição à compra.
Nesta quarta-feira, Imai reiterou que a Nippon Steel assumiu uma série de compromissos para abordar as preocupações de segurança nacional levantadas pelo Comitê de Investimentos Estrangeiros dos EUA, acrescentando acreditar que houve “progressos no entendimento”.
“Nas comunidades das várias regiões onde as siderúrgicas estão localizadas, há um apoio considerável para essa aquisição”, disse Imai.
“Espero que o presidente Biden compreenda o valor dessa aquisição para a economia dos EUA.”
As duas empresas haviam afirmado anteriormente que planejavam concluir o acordo, que também enfrenta oposição do poderoso sindicato United Steelworkers (USW), até o final de 2024.
Nesta quarta-feira, a Nippon Steel divulgou uma carta endereçada a Biden e assinada por duas dezenas de autoridades municipais de regiões onde estão localizadas as plantas da U.S. Steel, pedindo ao presidente dos EUA que aprove o negócio.
“Respeitosamente pedimos que ouça as vozes dos trabalhadores da siderurgia e de todos os outros cuja segurança econômica está vinculada à U.S. Steel – eles estão se manifestando em uníssono para dizer que este acordo precisa ser aprovado”, dizia a carta.
O sindicato USW afirmou, em um comunicado separado, que se reuniu com executivos da Nippon Steel duas vezes na semana passada. Reiterou sua opinião de que a siderúrgica japonesa não tem interesse na segurança de longo prazo das plantas ou operações de altos-fornos da U.S. Steel e pediu a Biden que mantenha a empresa sob controle e operação domésticos.
Para conquistar apoio à aquisição, a Nippon Steel já havia declarado que não usaria o acordo como pretexto para importar aço e assumiu uma série de compromissos para proteger empregos e investir nas instalações norte-americanas, consideradas essenciais para seu crescimento futuro.
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