A Prefeitura de Lucas do Rio Verde declarou situação anormal em saúde pública devido à escalada de casos de dengue, chikungunya e outras arboviroses transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. O Decreto nº 7.097, publicado em 19 de dezembro de 2024, estabelece medidas rigorosas para combater a proliferação do vetor, incluindo ações educativas, intervenções sanitárias e a obrigatoriedade de limpeza de imóveis e terrenos baldios.
De acordo com o último boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde, divulgado para a semana de 8 a 14 de dezembro, foram confirmados 303 casos de dengue e 9 de chikungunya ao longo do ano, além de um óbito causado pela dengue. Os casos estão distribuídos por diversos bairros, evidenciando a necessidade de uma resposta ampla e coordenada.
Medidas emergenciais e fiscalização intensiva
O decreto autoriza ações como a contratação temporária de pessoal, uso de drones para identificar focos do mosquito em áreas de difícil acesso e campanhas de conscientização para a população. Também permite a entrada forçada em imóveis abandonados ou inacessíveis, mediante identificação e emissão de relatórios pelos agentes públicos.
Além disso, os proprietários de imóveis, sejam públicos ou particulares, têm a obrigação de manter suas propriedades limpas, livres de entulhos e materiais que acumulem água. Piscinas devem ser tratadas regularmente, e calhas, ralos e recipientes devem ser protegidos e higienizados. O descumprimento dessas obrigações pode resultar em multas, além da execução compulsória dos serviços pela Prefeitura, com custos cobrados dos responsáveis.
Um combate urgente para 2025
Com o aumento expressivo dos casos e o registro de óbito, Lucas do Rio Verde entra em alerta máximo para evitar que os casos positivos avancem ainda mais no próximo ano. A meta é envolver a população e intensificar as ações para conter a proliferação do mosquito, que encontra ambiente favorável no período chuvoso.
O decreto reforça a gravidade da situação, mas também sinaliza que, com esforço conjunto entre a administração pública e a comunidade, é possível reverter o cenário. A experiência de anos anteriores mostra que medidas preventivas e um trabalho contínuo de fiscalização podem reduzir significativamente os casos e proteger a saúde da população.