O comentarista da CNN José Eduardo Cardozo e a ex-senadora e jornalista Ana Amélia Lemos discutiram, nesta quinta-feira (2), em O Grande Debate (de segunda a sexta-feira, às 23h), se a realização de um ato sobre os ataques do dia 8 de janeiro ajuda a combater a polarização política.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) planeja um ato simbólico em memória aos dois anos dos ataques contra as sedes dos Três Poderes.
De acordo com apuração da CNN, durante a última reunião ministerial de 2024, o chefe do Executivo teria pedido para que todos os ministros estivessem presentes na cerimônia.
A cúpula do Congresso também foi convidada, em meio a disputa em torno do projeto de lei da Anistia, que beneficiaria pessoas presas pelos ataques.
Para Cardozo, é dever do presidente da República e dos seus sucessores lembrar da data como um dia que marcou a afirmação democrática estabelecida pela Constituição.
“Houve uma tentativa de golpe de Estado, houve uma reação enérgica, vitoriosa, dos Três Poderes, do Executivo, do Legislativo e particularmente do Poder Judiciário, e nessa dimensão isso precisa ser colocado em público”, disse Cardozo. “E fez bem o presidente da República em chamar os presidentes dos Poderes para que lá estejam.”
Já Ana Amélia Lemos acredita que a cerimônia não deve ajudar a combater o extremismo político, que permanecer da mesma forma até as eleições de 2026. Em sua opinião, as narrativas, tanto da esquerda como da direita, continuarão as mesmas.
“Não dá para esquecer nem ignorar a relevância que esse ato terá na continuidade da radicalização e das narrativas que continuarão sendo feitas, lado a lado”, disse Ana Amélia.