Uma situação de maus-tratos a animais chocou moradores de Lucas do Rio Verde esta semana quando uma cachorra foi encontrada com o focinho vedado por um material plástico, impedindo que se alimentasse ou latisse. O animal, que aparentava estar desorientado, buscou ajuda em um estabelecimento no bairro Jardim Amazonas, onde foi socorrido por populares. A rápida ação das pessoas presentes no local foi essencial para aliviar o sofrimento do animal, que recebeu os primeiros cuidados.
A comoção gerada pela cena levou a diversos questionamentos nas redes sociais. Um internauta perguntou se o ato teria sido cometido pelo próprio dono da cachorra, mas a ONG SOS Animais LRV, que acompanha o caso, descartou essa possibilidade. Segundo a organização, o animal é bem cuidado e dócil, o que sugere que a agressão pode ter sido praticada por terceiros. Um vídeo compartilhado pela ONG mostra a reação da cachorra depois que ficou livre do objeto, confirmando que se trata de um animal bastante dócil.
Nas redes sociais da ONG populares lamentaram o ocorrido, pedindo que o caso fosse apurado e o responsável punido. Uma internauta ressaltou a presença de câmeras de segurança em Lucas do Rio Verde, sugerindo que uma investigação policial poderia identificar o responsável por esse ato cruel.
No município, leis municipais e federais reforçam a necessidade de proteção aos animais. A Lei Ordinária 3618/2023 determina a divulgação obrigatória de informações sobre penas e formas de denúncia para maus-tratos. Já a Lei Ordinária 3651/2024 institui um cadastro municipal de protetores e cuidadores de animais em situação de abandono ou risco, ajudando a controlar e oferecer suporte a essas ações. Além disso, a Lei Federal nº 9.605/1998 prevê sanções penais e administrativas para quem praticar maus-tratos, com pena de reclusão de dois a cinco anos em casos envolvendo cães e gatos.
O caso da cachorra resgatada no Jardim Amazonas destaca a importância da vigilância da população e da aplicação das leis para combater situações de crueldade contra animais. A gratidão manifestada às pessoas que ajudaram no resgate evidencia o papel crucial da comunidade em proteger os seres mais vulneráveis.
