O abandono de animais nas ruas é um problema crescente que afeta muitas cidades do Brasil, e Lucas do Rio Verde não é exceção. Com o aumento da população urbana e a falta de conscientização sobre a responsabilidade no cuidado dos animais, muitos cães e gatos acabam sendo descartados como se fossem objetos. Esse cenário tem sobrecarregado as ONGs locais e ativistas independentes, que lutam diariamente para resgatar esses animais e oferecer cuidados, mas enfrentam sérias dificuldades devido à escassez de recursos e ao alto custo de serviços veterinários.
Andrômeda Surak Doge, também conhecida como Thexuga (foto), ativista há 15 anos em Lucas do Rio Verde, fez um apelo urgente sobre a situação do abandono de animais na cidade, destacando os desafios enfrentados por quem realiza resgates de forma independente. Embora haja avanços, como a criação de leis e a implantação da Unidade Permanente de Castração, a situação continua crítica.
Em um desabafo, Andrômeda ressaltou a sobrecarga das ONGs locais e a dificuldade de atender a todos os animais abandonados, já que os recursos são escassos. “Fazemos resgates de forma independente porque as ONGs não têm mais espaço, e nós, que fazemos esse trabalho de forma voluntária, também não temos apoio financeiro. Veterinários são caros e a saúde animal, inacessível”, afirmou.
Ela mencionou o esforço de um grupo coletivo chamado “Amigo dos Animais LRV”, que tem se mobilizado para resgatar animais, apesar da falta de recursos e de apoio institucional. “A castração gratuita foi um avanço, mas ainda falta muito, principalmente na saúde animal. Lucas do Rio Verde é uma cidade desenvolvida e deveria investir mais nessa área”, destacou Andrômeda.
Ela também fez um apelo por mais políticas públicas que incentivem a adoção de animais adultos e a manutenção das ONGs, que enfrentam dificuldades financeiras. A ativista enfatizou que é urgente dar atenção à saúde animal não apenas por questões de bem-estar, mas também para evitar zoonoses e acidentes. “Quando as pessoas abandonam animais, eles viram problema nosso, e estamos fazendo nossa parte como cidadãos. Mas precisamos de mais ajuda”, concluiu.