Controle da inflação não está concluído, dizem autoridades do Fed

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Duas autoridades do Federal Reserve disseram no sábado (4) sentir que o trabalho do banco central dos Estados Unidos para controlar a inflação ainda não está concluído, mas também sinalizaram que não querem correr o risco de prejudicar o mercado de trabalho enquanto tentam concluir essa tarefa.

Os comentários da diretora Adriana Kugler e da presidente do Fed de San Francisco, Mary Daly, destacam o delicado ato de equilíbrio que os banqueiros centrais dos EUA enfrentam este ano, à medida que procuram diminuir o ritmo de redução dos juros.

O Fed reduziu a taxas de juros de curto prazo em 1 ponto percentual no ano passado, para uma faixa atual de 4,25% a 4,50%.

A inflação, segundo a medida preferida do Fed, está bem abaixo de seu pico de cerca de 7% em meados de 2022, registrando 2,4% em novembro. Ainda assim, esse valor está acima da meta de 2% do Fed e, em dezembro, as autoridades projetaram um progresso mais lento em direção a essa meta do que haviam previsto anteriormente.

“Temos plena consciência de que ainda não chegamos lá – ninguém está estourando champanhe em lugar nenhum”, disse Kugler na conferência anual da American Economic Association, em San Francisco. “E, ao mesmo tempo… queremos que a taxa de desemprego permaneça onde está” e não aumente rapidamente.

Em novembro, a taxa de desemprego foi de 4,2%, o que, na opinião dela e da colega Daly, é compatível com o pleno de emprego, a segunda meta do Fed, juntamente com a meta de estabilidade de preços.

“A essa altura, eu não gostaria de ver uma desaceleração adicional no mercado de trabalho – talvez uma mudança gradual em alguns momentos em um determinado mês, mas certamente não uma desaceleração adicional no mercado de trabalho”, disse Daly, que falou no mesmo painel.

Não foi perguntado, nem elas deram suas opiniões, sobre o possível impacto das políticas econômicas do novo presidente Donald Trump, incluindo tarifas e cortes de impostos, que alguns especularam que poderiam alimentar o crescimento e reacender a inflação.

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