Reconhecida como a égua mais velha do mundo pelo Livro dos Recordes, o Guiness Book, a árabe cor de chocolate Echoquette morreu nos Estados Unidos em 16 dezembro de 2024 devido a uma insuficiência hepática aguda causada por um novo medicamento.
Nascida no calor do sudoeste dos Estados Unidos, mudou ainda potra para as montanhas nevadas da Suíça onde ficou por cinco anos, mas depois retornou para solo norte-americano, indo para o estado do Texas com os seus novos donos, a família Haus.
Nascida em 8 de maio de 1988, ela tinha 36 anos e 222 dias quando faleceu. “Vimos Echoquette pela primeira vez em abril de 1993, parada com o olhar curioso em seu estábulo na Suíça. Naquele momento, descobrimos o cavalo que mudaria nossas vidas para sempre”, disse seu orgulhoso dono, Andrew Haus.
“Ela olhou para nós com a cabeça inclinada, quase como um cachorro curioso, um gesto cativante e incomum que imediatamente chamou a nossa atenção.”
Andrew conta que ela se tornou o primeiro cavalo adquirido pela família. “Ela marcou o início de um vínculo para toda a vida que não poderíamos imaginar que duraria mais de três décadas extraordinárias”, disse.
Echoquette era filha de Tender Love e do campeão nacional Aladdinn Echo. Ela recebeu o nome do pai, mas sua natureza “coquette” (termo que vem do francês e significa “mulher galante ou sedutora”) permaneceu como uma de suas características definidoras ao longo da vida, conforme os donos.
Mesmo mais velha, uma égua sedutora
“Apesar da idade avançada, Echoquette nunca perdeu seu espírito coquette, especialmente quando um garanhão estava por perto”, disse o dono.
Segundo ele, quando a égua sentia o cheiro do macho, seu ritmo habitual se transformava em uma marcha ansiosa até a cerca perto da estrada. “Lá, ela fez uma pequena dança, farejando o ar com os olhos arregalados e as orelhas apontadas para o garanhão.”
Andrew conta que Echoquette adorava se aquecer no sol, descansando e pastando na grama e descansando sob as árvores frondosas perto de seu estábulo.
Echoquette também tinha um apetite constante e levava a sério sua rotina diária de alimentação. A família Haus contou que, independentemente do horário das refeições, ela era conhecida por ter um talento especial para conseguir lanches, geralmente um punhado de suas rações ou maçãs, bananas e uvas.
“Sempre que ela avistava alguém perto do estábulo, marchava até lá e relinchava de forma persistente até que seu pedido fosse atendido”, disse Andrew.
Durante o dia, o dono conta que ela adorava passear com a família pelos portões do pasto para explorar riachos e lagoas próximas. “Ela também adorava mastigar flores silvestres e, como muitos de nós, os girassóis eram seus favoritos”.
Morte inesperada após novo medicamento
A família Hauss conta que a égua faleceu inesperadamente após começar a tomar um novo medicamento. “Se um teste tivesse sido feito, provavelmente teríamos detectado esse problema no fígado a tempo e poderíamos ter interrompido ou reduzido a medicação, evitando sua morte”, disse Andrew.
De acordo com ele, os veterinários a descreveram como um dos cavalos mais gentis que já trataram por conta da forma como ela cooperava com os tratamentos. “Ela tomava injeções nas articulações sem sedação, aparentemente entendendo que eles eram feitos para ajudá-la, uma característica especialmente notável, considerando que outros cavalos podem permanecer pouco cooperativos mesmo com sedação”, disse Andrew.
Agora, a família documenta no X (antigo Twitter) a história feliz que teve ao lado da égua e buscam aumentar a conscientização sobre boas práticas de saúde equina.