A Polícia Civil de São Paulo pediu, na sexta-feira (3), a prisão preventiva de um soldado da Polícia Militar que matou um estudante de medicina, de 22 anos, com um tiro à queima-roupa. O PM em questão é Guilherme Augusto Macedo, responsável por realizar um disparo em direção a Marco Aurélio Cardenas Acosta, que estava na portaria de um hotel na Vila Mariana, zona Sul da capital.
Após a Polícia Civil concluir o inquérito policial que investigava o caso, junto do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), o procedimento foi relatado à Justiça com pedido de prisão preventiva ao PM Guilherme por homicídio doloso eventual.
Segundo a PC, o policial já havia sido indiciado no Inquérito Policial Militar (IPM) por homicídio doloso e permanece afastado das atividades, assim como o PM que estava junto no dia da ação. Agora, a Polícia Civil aguarda decisão da Justiça se a prisão do PM será ou não efetuada.
Relembre o caso
Marco Aurélio Cardenas Acosta, estudante de medicina da faculdade Anhembi Morumbi, foi morto por um policial militar na madrugada do dia 20 de novembro de 2024, após uma abordagem em um hotel no bairro da Vila Mariana, zona Sul da cidade.
Segundo o boletim de ocorrência obtido pela CNN, os policiais atenderam uma chamada no local e relataram que Marco Aurélio, conhecido como “Bilau”, estava “bastante alterado, agressivo, e resistiu à abordagem policial, entrando em vias de fato com a equipe.”
Durante o confronto, ainda segundo o documento, Marco Aurélio teria tentado pegar a arma de um dos policiais. O soldado, então, disparou contra o estudante. Marco Aurélio foi socorrido ao Hospital Ipiranga, mas não resistiu aos ferimentos. Segundo o B.O, todos os policiais militares portavam câmeras corporais.