As exportações de carne bovina do Brasil alcançaram 2,89 milhões de toneladas em 2024, incremento de 26,2% no comparativo anual e um novo recorde, conforme dados do governo federal compilados pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) nesta terça-feira (7/1).
Com os embarques, o país faturou US$ 12,8 bilhões, avanço de 21,3% em relação ao total obtido em 2023.
“Foi um ano histórico para a indústria da carne bovina nacional, para o setor pecuário e para o Brasil. A contribuição decisiva para o saldo positivo da balança comercial é uma prova disso, e já vinha sendo esperada. Mesmo sendo ainda muito cedo para uma previsão, acredito que 2025 tem tudo para batermos o recorde em exportações e também em faturamento”, disse em nota o presidente da Abiec, Roberto Perosa.
O dirigente ressaltou que há mercados a serem abertos que representam grande fatia do consumo mundial de carne bovina, dentre eles o Japão, o Vietnã, a Turquia, e a Coreia do Sul.
“Alguns deles estão em diferentes estágios de negociação. Mas, juntamente com o governo brasileiro, com o Ministério da Agricultura, vamos batalhar para que este ano de 2025 seja o ano que nos dê a oportunidade de levar a carne brasileira a esses destinos”, comentou.
A China manteve sua posição como principal destino da carne bovina brasileira, com 1,33 milhão de toneladas exportadas, gerando um faturamento de US$ 6 bilhões. O volume embarcado aos chineses cresceu 11,76% na variação anual, enquanto a receita aumentou 4,71%.
Em seguida, os Estados Unidos importaram 229 mil toneladas, um salto de 65,14%. O faturamento somou US$ 1,35 bilhão, avanço de 59%.
Outro mercado com crescimento importante foi os Emirados Árabes Unidos, cujas importações atingiram 132 mil toneladas (71,69%) e US$ 604 milhões (78,76%).
Somando todas as categorias de produtos de carne bovina, as exportações do setor ao longo do ano passado chegaram a 157 países. Já quando se considera apenas a carne in natura (que representam mais de 90% do valor total), foram 132 mercados.