Dois anos após a invasão às sedes dos Três Poderes em Brasília, o analista da CNN Pedro Duran relembra os personagens que marcaram os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.
O episódio, que chocou o país e o mundo, deixou um rastro de destruição e consequências legais para os envolvidos.
Entre os protagonistas desse dia turbulento, destaca-se Antônio Cláudio Alves Ferreira, condenado a 17 anos de prisão por danificar o relógio histórico de Dom João VI, peça que recentemente foi restaurada e devolvida ao Palácio do Planalto.
Outra figura emblemática é Maria de Fátima Mendonça Jacinto Souza, conhecida como “Fátima de Tubarão”.
Ela também recebeu uma sentença de 17 anos de prisão por sua participação na depredação do Supremo Tribunal Federal (STF). A pena foi definida em agosto, com regime fechado de prisão.
Casos que ganharam repercussão
O caso de Clériston Pereira da Cunha, apelidado de “Clésão”, também ganhou notoriedade.
Acusado de queimar o tapete do Salão Verde no Congresso Nacional, Cunha faleceu em 2023 no presídio da Papuda, em Brasília.
Sua morte foi utilizada por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PT) e defensores da anistia como símbolo das condições às quais os detidos estavam submetidos.
Débora Rodrigues dos Santos, cabeleireira de 38 anos, também se tornou uma figura central após ter sua soltura negada três vezes pelo ministro Alexandre de Moraes.
Ela ficou conhecida por escrever com batom “Perdeu, mané” na estátua da Justiça em frente ao STF.
Autoridades envolvidas na resposta aos atos
Do lado das autoridades, Ricardo Capelli, então número dois do Ministério da Justiça, atuou como porta-voz das forças governamentais no pós-8 de janeiro.
Atualmente, Capelli preside a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial.
O general Gonçalves Dias, que era o responsável pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI) durante a invasão, também figura entre os personagens importantes desse episódio.
Hoje na reserva, Dias não ocupa mais cargos políticos.
As lembranças desse dia permanecem vivas na memória nacional, servindo como um alerta para a constante vigilância e proteção da democracia.
