Athletico e o “inimigo imaginário” de Cristovão Tezza

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Em “O Espírito da Prova”, o imortal Cristovão Tezza, atleticano dos grandes, indica o “realismo” como conceito chave da sua vida literária. Mas, humilde, afirma que “a palavra é grande demais para que me atreva a defini-la”. No entanto, arrisca tratá-lo como “um inimigo imaginário que não está em lugar nenhum, exceto em cadernos escolares”.

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Eis uma questão complexa, pois é complexa toda a questão que põe em debate o sentimento atleticano. No futebol, o realismo é também o “inimigo imaginário” de Tezza.  Às vezes, apenas brinca com os nossos sentimentos, outras vezes aparece e vai além da imaginação. Visto e sentido, entra no ambiente que machuca por maus-tratos.

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A brutal obra de Mario Celso Petraglia e Márcio Lara, que rebaixou o Athletico, devolveu os atleticanos a uma realidade que viveram durante 70 anos e que parecia extinta. Ao iniciar o jogo com o Paraná Clube, na Baixada, pelo Estadual, o Furacão será um time de Segunda Divisão.

Só que, durante 70 anos, os atleticanos viveram o realismo puro e sincero, porque o ideal e o amor não enganam. Agora, o realismo é chocante porque foram dirigidos por uma oração populista para a prática de interesses privados. As coisas estão tão confusas na Baixada, que já não se sabe qual é a verdadeira realidade do Athletico.

Por enquanto, como time de Segundona, vai jogar o “Ruralzão”. 

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