Os preços do grupo Alimentação e Bebidas foi responsável por mais de um terço da alta no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2024, mostrou divulgação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (10).
O IPCA avançou 4,83% de janeiro a dezembro. O impacto dos preços do grupo de alimentos para o índice foi de 1,63 ponto percentual (p.p.).
Alimentação e Bebidas avançou 7,69% puxado especialmente por alta nos preços de alimentação no domicílio (8,23%). Os destaques principais foram as carnes (20,84% e impacto de 0,52 p.p.), o café moído (39,60% e 0,15 p.p.), o leite longa vida (18,83% e 0,13 p.p.) e as frutas (12,12% e 0,14 p.p.).
No mesmo sentido, a alimentação fora do domicílio subiu 6,29%: a refeição subiu 5,70%, com impacto de 0,20 p.p; e o lanche, 7,56%, com impacto de 0,13 p.p.
Depois de alimentação, os grupos que mais subiram foram Saúde e cuidados pessoais (6,09%) e Transportes (3,30%), com impactos de 0,81 p.p. e 0,69 p.p., respectivamente. Os três grupos juntos responderam por, aproximadamente, 65% do resultado do ano — ou seja dois terços da inflação em 2025.
Desde que o regime de metas de inflação foi adotado no Brasil em 1999, essa é a oitava vez que o objetivo foi descumprido, depois de 2022, 2021, 2017, 2015, 2003, 2002 e 2001.
Assim, o Banco Central terá que explicar ao governo os motivos de o objetivo não ter sido cumprido, e já prevê a chance de repetir a investida em julho diante das suas atuais projeções para os preços ao consumidor.
Datafolha: Maioria da população acredita que inflação piorará em 2025