Nicolle Caliari fez sua estreia no UFC no último sábado (11), na edição Vegas 101, e acabou perdendo para a lituana Ernesta Kareckaite por decisão dividida dos juízes.
A curitibana, no entanto, não concordou com a marcação que a arbitragem fez durante os três rounds da luta e apontou um erro que poderia até mudar a decisão; sua adversária segurou na grade duas vezes e não perdeu pontos por isso.
“Ela não foi penalizada pelas duas seguradas na grade, mas é assim quando vai para a mão dos juízes, infelizmente”, disse ela, na ferramenta Story do Instagram.
Nicolle também acredita que venceu o primeiro e o terceiro round, discordando mais uma vez da avaliação feita pelos três juízes, que deram apenas o terceiro round para ela, e afirmou que saiu do octógono sem lesões ou machucados.
“Estou me sentindo bem. Triste com a derrota, mas feliz com meu desempenho. Agora vou ajustar os erros e buscar não deixar mais isso acontecer”, garantiu.
Nicolle Caliari deve descer de categoria?
Após a estreia de Nicolle com derrota no UFC, boa parte do público brasileiro questionou se ela não deveria lutar em uma categoria abaixo, por causa de sua altura de 1,62 metros.
O duelo aconteceu na divisão peso-mosca, até 56,7 kg. A categoria de baixo, peso-palha, vai até 52,1 kg tanto para homens, quanto para mulheres.
A curitibana, no entanto, explicou que já lutou na divisão de baixo, mas tem muita dificuldade em bater o peso-palha por causa de seu volume de músculos.
“Seria a categoria perfeita para mim, mas tive muita dificuldade para para bater o peso. Tenho uma estatura pesada, apesar de ser pequena. Já cheguei em 52 kg com uma porcentagem de gordura muito baixa, não me sentia bem, e na hora da luta, me sentia muito fadigada. Decidi subir por uma questão de profissionalismo, performance e saúde”, disse.
Caliari citou que a categoria das moscas tem outras lutadoras com sua mesma altura que conseguem se dar bem —Amanda Ribas, por exemplo, tem dois centímetros a menos e luta nas duas divisões. Então, para ela, seria só uma questão de ajuste.
“Preciso me adaptar, acredito que dá. Quem sabe um dia eu tente [descer] mais uma vez, é algo a se estudar e vou precisar fazer um teste antes”, concluiu ela.