O Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês) vai começar na próxima segunda-feira (20), em Davos.
Reunindo os principais economistas do mundo e figuras públicas, o fórum de Davos traz como pauta central deste ano a “Colaboração para a Era Inteligente”.
O debate é sobre “uma era muito além da tecnologia sozinha, uma revolução social, uma que tem o poder de elevar a humanidade – ou mesmo de quebrá-la“, postula Klaus Schwab, economista responsável pelas pesquisas que embasaram o tema do WEF deste ano.
O que será debatido?
Voltado para o debate entre lideranças, o WEF busca responder as seguintes questões neste ano:
- Quais são as maiores questões para os líderes enquanto eles lidam com o desafio da colaboração em uma era de tecnologias convergentes e hiperinteligência?
- Como podemos evitar a fragmentação e construir um futuro mais inteligente?
- Como a inovação pode lidar com crises como as mudanças climáticas e o uso indevido da tecnologia?
- A ação coletiva e a liderança responsável promoverão a igualdade, a sustentabilidade e a colaboração em vez de aprofundar as divisões existentes?
Para tal, as reuniões do fórum foram divididas em cinco áreas:
- Reimaginando o crescimento: o WEF indaga que com espaço fiscal limitado e ferramentas de política monetária à disposição, os formuladores de políticas precisarão olhar para novas fronteiras e fontes de crescimento para se perguntar “como podemos identificar as novas fontes de crescimento nesta nova economia global?”;
- Indústrias na Era Inteligente: as indústrias tiveram que adaptar suas estratégias de negócios para dar conta das principais mudanças geoeconômicas e tecnológicas. Desse modo, como os líderes empresariais podem encontrar um equilíbrio entre as metas de curto prazo e os imperativos de longo prazo na transformação de seus setores?;
- Investir em pessoas: o rápido e crescente avanço da tecnologia vem afetando questões do dia a dia, como emprego, qualificação, educação e serviços públicos. A questão que o WEF busca debater nesse sentido é como atender a necessidade de requalificar e aprimorar as pessoas para atender às demandas da economia do amanhã; e como os setores público e privado podem investir no desenvolvimento de capital humano e em bons empregos que contribuam para o desenvolvimento de uma sociedade moderna e resiliente?
- Proteger o planeta: para o WEF, parcerias inovadoras e diálogos que permitam investimentos e a implantação de tecnologias climáticas e limpas serão essenciais para o progresso nas metas globais de clima e natureza, bem como para abordar o dilema de garantir um fornecimento de energia acessível, seguro e sustentável;
- Reconstruindo a confiança: em um mundo cada vez mais complexo e em rápida evolução, as divisões sociais se aprofundaram à medida que as pessoas buscam reafirmar suas identidades, avalia o WEF. Desse modo, o fórum busca debater como as partes interessadas podem encontrar novas maneiras de colaborar em soluções tanto internacionalmente quanto dentro das sociedades.
Por que o tema?
O Fórum Econômico Mundial avalia que “o contexto para Davos 2025 não é menos conflituoso” que o da edição anterior.
Incertezas geopolíticas, tensões comerciais, polarização cultural, tensões sobre o clima e o desenvolvimento rápido de tecnologias disruptivas são algumas das questões levantadas pelo WEF.
Ao notar um misto de sensações de instabilidade e de resiliência no horizonte, o fórum indica que “as mudanças sugerem o fim de uma era”.
Cobertura especial
A CNN Brasil e o CNN Money estão se preparando para cobrir in loco o Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça.
O analista de economia da CNN e âncora Fernando Nakagawa acompanhará de perto todo o evento, que ocorre entre os dias 20 e 24 de janeiro.
A cobertura especial será multiplataforma, com entradas ao vivo ao longo de toda a programação da TV e análises, infográficos, reportagens especiais e informações em primeira mão no portal da CNN.
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