Prisão de atirador de delator do PCC não encerra investigação, diz polícia

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A prisão do policial militar responsável pelos disparos que mataram o empresário Antônio Vinicius Gritzbach, delator do PCC, não significa o fim da investigação, afirmou a polícia em coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira (16), após a operação que prendeu 15 militares envolvidos em um esquema de proteção ilegal ao empresário.

Durante entrevista coletiva, o Secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, ressaltou a complexidade do caso e a necessidade de continuar as investigações para identificar todos os envolvidos, incluindo o mandante do crime e o segundo atirador, envolvido na morte de Gritzbach.

A operação, deflagrada nesta manhã pela Corregedoria da Polícia Militar, cumpriu 15 mandados de prisão e 7 de busca e apreensão contra policiais militares suspeitos de envolvimento com o Primeiro Comando da Capital (PCC).

PM que atirou contra delator do PCC em aeroporto é preso em operação em SP

As investigações sobre o envolvimento de policiais com a segurança do delator do PCC tiveram início em março de 2024, após denúncias anônimas apontarem a existência de uma escolta de Gritzbach, que na época estava em processo de delação premiada com o Ministério Público de São Paulo.

Morte encaminhou suspeita de envolvimento de PMs

A morte de Gritzbach, em 8 de novembro de 2024, no Aeroporto Internacional de Guarulhos, acendeu um alerta para a possível infiltração do PCC nas forças de segurança. O empresário, que já havia sido preso em 2023 sob suspeita de encomendar a morte de dois membros do PCC, “Cara Preta” e “Sem Sangue”, negociava um acordo de delação que prometia revelar um esquema de propinas envolvendo policiais.

A polícia enfatizou o papel crucial da inteligência policial na identificação dos suspeitos. Quebras de sigilo telefônico, análises de ERBs e interrogatórios foram métodos utilizados para coletar provas e rastrear os envolvidos.

Uma das provas mais contundentes é o material genético encontrado no local do crime, que será confrontado com o DNA dos policiais presos. A expectativa é que essa análise confirme a participação do policial militar na execução.

O secretário de Segurança Pública destacou que os policiais presos representam uma minoria que mancha o nome da instituição e garantiu que todos serão responsabilizados por seus atos. As investigações apontam que o esquema de proteção a Gritzbach era ilegal, sem respaldo judicial, e utilizava carros que imitavam viaturas policiais.

Apreensões respaldarão investigações para encontrar mandante

O material apreendido durante a operação será fundamental para os próximos passos da investigação. Documentos e outras provas coletadas nas buscas ajudarão a desvendar a extensão do esquema de corrupção e a identificar o mandante da morte de Gritzbach.

Apesar da prisão do atirador, a polícia segue buscando um possível segundo atirador e continua investigando Kauê do Amaral Coelho, apontado como o “olheiro” que forneceu informações sobre a localização de Gritzbach no aeroporto. Kauê, que está foragido, é considerado peça-chave para desmantelar a rede criminosa.

A polícia acredita que ele esteja recebendo ajuda para se manter escondido, e a investigação se estende às pessoas que o estão auxiliando.

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