O dólar fechou em alta nesta sexta-feira (17), com os investidores se posicionando para a posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, e avaliando novos dados econômicos.
A divisa norte-americana encerrou a sessão com ganhos de 0,16%, cotado a R$ 6,0650 na venda. Na margem semanal, porém, a divisa acumulou baixa de 0,62%.
Já o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, fechou com alta de 0,92%, a 122.350,38 pontos, acumulando na semana ganhos de 2,94%.
A bolsa brasileira busca se firmar em alta, em pregão marcado por vencimento de opções sobre ações na bolsa paulista, enquanto agentes financeiros repercutem números melhores sobre a economia chinesa e a entrevista do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, à CNN.
Questionado sobre o momento de câmbio deteriorado, o ministro indicou que “não compraria dólar acima de R$ 5,70”.
Haddad disse que, observando os fundamentos econômicos para o Brasil de hoje, o valor no qual a divisa norte-americana está cotada é elevado.
EUA
Trump retorna à Casa Branca na segunda-feira (20), e os mercados têm ponderado sobre a velocidade e agressividade que o presidente eleito pretende implementar suas promessas de campanha, em particular as esperadas tarifas de importação e o controle mais rígido da imigração.
Investidores receberam relatos mais cedo de que Trump e o presidente da China, Xi Jinping, conversaram por telefone sobre uma série de assuntos, incluindo comércio, fentanil e TikTok, de acordo com o próprio presidente eleito e a mídia estatal chinesa, que citou o líder chinês.
Pela manhã, os mercados ainda avaliaram dados sobre a segunda maior economia do mundo.
Na China, o PIB do último trimestre de 2024 cresceu 5,4% sobre o mesmo período de 2023, contra previsões no mercado de expansão de 5%. A segunda maior economia do mundo também registrou expansão acima do esperado em dezembro na produção industrial e nas vendas do varejo.
A equipe da XP também chamou a atenção em relatório que os mercados também estão se preparando para a posse de Donald Trump como presidente dos EUA na próxima segunda-feira. Entre as promessas do republicado, estão reduzir regulação e cortar impostos, mas também aumentar tarifas de importação.
Cenário doméstico
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), sancionou com 17 vetos, na última quinta-feira (16), o primeiro projeto de regulamentação da reforma tributária.
Em coletiva de imprensa, o secretário extraordinário da Reforma Tributária, Bernard Appy, afirmou que os vetos foram mais com relação a questões técnicas e constitucionais. De acordo com ele, a opção do poder Executivo foi de “respeitar” a decisão do Congresso Nacional.
Entre os dados, o Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou para cima a estimativa de crescimento da economia do Brasil em 2024 e manteve a perspectiva de desaceleração para 2025, mostraram novas estimativas divulgadas mais cedo.
Na revisão de seu relatório Perspectiva Econômica Global, o FMI elevou a previsão de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2024 a 3,7%, de 3,0% em outubro.
*Com informações da Reuters