O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, confirmou que não acompanhou a posse de Donald Trump no Capitólio.
Em uma publicação nas redes sociais, o parlamentar, que está na capital do Estados Unidos com ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, explicou que os dois não participaram do evento por conta da transferência do local da cerimônia.
“Devido à transferência da cerimônia para a Rotunda do Capitólio, apenas parlamentares desacompanhados de seus cônjuges, a família Trump, alguns ministros, CEOs de empresas estratégicas e chefes de Estado mais próximos puderam participar”, escreveu Eduardo no X (antigo Twitter).
“Todos os demais convidados, incluindo o presidente do Paraguai e presidentes de partidos europeus, foram direcionados ao Capital One Arena, local escolhido por Trump para assinar seus primeiros decretos como presidente e discursar ao público”, continuou.
De acordo com o deputado, caso tivesse vindo, Jair Bolsonaro teria um lugar reservado na Rotunda do Capitólio, ao lado de Javier Milei e Giorgia Meloni, “pois receberia tratamento de Chefe de Estado”.
“Entretanto, como ele foi impedido de vir, por uma questão protocolar, eu e Michelle fomos direcionados ao Capital One Arena e aos demais eventos, como o Candlelight Dinner e o Starlight Ball, ao qual compareceremos agora à noite por ser o mais restrito dos dois e contar certamente com a presença do Presidente Trump e seus colaboradores mais próximos”, diz.
Apesar de Jair Bolsonaro ter sido o único ex-chefe de Estado estrangeiro convidado para a posse de Donald Trump, alguns ainda tentam insinuar que Trump desrespeita Bolsonaro ou até mesmo o Brasil.
Devido à transferência da cerimônia para a Rotunda do Capitólio, apenas… pic.twitter.com/m2Vg79fZTw
— Eduardo Bolsonaro🇧🇷 (@BolsonaroSP) January 21, 2025
Passaporte negado
Impedido de sair do país, Bolsonaro não compareceu à cerimônia de posse do republicano. A defesa dele recorreu da decisão para reaver o passaporte, mas teve pedido novamente negado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Para o ex-presidente, a negativa “é uma coisa inacreditável”.
Na decisão, o ministro destacou que Bolsonaro pode proceder “da mesma maneira como vem defendendo a fuga do país e o asilo no exterior para os diversos condenados com trânsito em julgado pelo plenário do STF, em casos conexos à presente investigação”.
O documento de Bolsonaro foi apreendido em fevereiro do ano passado pela Polícia Federal (PF).
“‘Ah, ele pode fugir’, eu posso fugir agora, qualquer um pode fugir“, afirmou Bolsonaro em live do portal AuriVerde Brasil.