O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) realiza nesta segunda-feira (20) a primeira reunião com ministros do governo do ano. O encontro foi marcado em meio à expectativa sobre uma reforma ministerial.
Lula receberá os ministros na Granja do Torto, casa de campo oficial da Presidência. O chefe do Executivo avalia possíveis mudanças para atender reivindicações de partidos do Centrão por mais espaço na Esplanada.
A primeira mudança foi feita na área de comunicação do governo. Lula nomeou o publicitário Sidônio Palmeira para a Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom).
Ele assumiu o lugar de Paulo Pimenta (PT-RS), que é deputado licenciado. Como a CNN mostrou, o agora ex-ministro aguarda uma definição de Lula sobre para onde deve ser realocado.
Por causa da reunião ministerial, ministros interromperam ou anteciparam o fim de suas férias. É o caso dos ministros Márcio Macêdo (Secretaria-Geral), Marcos Amaro (Gabinete de Segurança Institucional) e Carlos Lupi (Previdência Social) que tiveram seus retornos formalizados no Diário Oficial da União na quinta-feira (16).
Antes, parte dos ministros também já tinha vindo à Brasília de forma antecipada, após Lula exigir a presença de toda a equipe ministerial no evento em memória dos dois anos dos atos extremistas de 8 de janeiro de 2023.
Mudança no governo
A chegada de Sidônio já estava acordada quando o caso envolvendo o Pix fez o governo recuar da decisão de ampliar a fiscalização de pagamento. O novo ministro foi escalado principalmente para reformular a comunicação do governo e as estratégias para enfrentar a desinformação.
Com a nomeação de Sidônio, que atuou na campanha presidencial de Lula em 2022, Lula espera uma nova fase do governo nos últimos dois anos do mandato.
A Esplanada tem atualmente 39 ministros. Além do próprio PT, que tem o comando de 12 pastas, outros dez partidos (PSD, MDB, Republicanos, PSB, União Brasil, PC do B, PP, PDT, PSOL e Rede) têm representantes na equipe ministerial.
Integrantes de partidos de centro reclamam da falta de articulação do governo com o Congresso e cobram mais espaço no governo.