Pernambuco registrou os primeiros casos de Metapneumovírus Humano (hMPV) em 2025, conforme divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) neste fim de semana.
As amostras positivas foram de duas crianças, uma de 1 ano e 7 meses e outra de 3 anos e 11 meses, que são moradoras do Recife e Jaboatão dos Guararapes, na região metropolitana. Ambas apresentaram sintomas como febre, tosse, desconforto respiratório e diarreia, mas já receberam alta hospitalar após tratamento.
O hMPV, um vírus respiratório amplamente conhecido, pertence à mesma família do Vírus Sincicial Respiratório (VSR). Embora geralmente cause sintomas leves, como resfriado comum – tosse, febre e congestionamento nasal –, em pessoas mais vulneráveis, como crianças, idosos e indivíduos imunocomprometidos, o quadro pode evoluir para uma forma grave, levando à Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).
Em Pernambuco, a circulação do hMPV não é uma novidade. Casos anteriores foram registrados em anos passados, com picos em 2016, quando 15 casos foram confirmados, e em 2022, com 27 registros.
“No Brasil, o vírus circula há mais de 20 anos, sendo registrado pela primeira vez em 2004. Em 2001, ele já havia sido identificado na Holanda. A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) reforça que, apesar do aumento do número de casos identificados em países do Hemisfério Norte, o HMPV não é considerado um vírus de grande preocupação na comunidade científica. Por enquanto, não há aumento de casos que caracterize uma epidemia ou uma pandemia provocada por este vírus”, destacou o secretário executivo de Vigilância em Saúde e Atenção Primária, Renan Freitas.
Ainda que não exista uma vacina específica para a prevenção do hMPV, a Secretaria Estadual de Saúde destaca a importância de manter a carteira vacinal em dia, especialmente as vacinas contra a gripe e Covid-19. Segundo a SES, a medida pode ajudar a evitar complicações e reduzir os impactos da cocirculação de diferentes vírus respiratórios.
Como prevenir?
O hMPV, identificado pela primeira vez na Holanda em 2001, é responsável por infecções respiratórias superiores, geralmente leves, mas pode causar doenças graves em determinados grupos.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda manter e fortalecer as medidas não farmacológicas já conhecidas pela população, que ajudam a controlar a transmissão do metapneumovírus: usar máscara de proteção facial; manter os ambientes bem ventilados; cobrir a boca e nariz ao tossir ou espirrar; higienizar as mãos e evitar tocar na área dos olhos, nariz ou boca. Para pessoas mais vulneráveis às doenças respiratórias, como crianças pequenas, idosos, comorbidades e imunossuprimidos ou imunodeprimidos, recomenda-se evitar aglomerações, principalmente em lugares fechados e/ou mal ventilados.
A OMS também recomenda que, em caso de sintomas graves como dificuldade para respirar, febre persistente ou dor no peito, os pacientes procurem atendimento médico.
Vigilância e monitoramento
A situação é acompanhada de perto pelas autoridades de saúde brasileiras, com o Ministério da Saúde mantendo comunicação constante com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e autoridades sanitárias de outros países, incluindo a China, onde recentemente houve um surto significativo do hMPV.