Por Valerie Volcovici e Jasper Ward
WASHINGTON (Reuters) – O presidente Donald Trump vai novamente retirar os Estados Unidos do acordo climático de Paris, disse a Casa Branca nesta segunda-feira, removendo o maior emissor da história dos esforços globais para combater as mudanças climáticas pela segunda vez em uma década.
A decisão colocará os Estados Unidos ao lado do Irã, da Líbia e do Iêmen como os únicos países do mundo fora do pacto de 2015, pelo qual os governos concordaram em limitar o aquecimento global a 1,5 grau Celsius acima dos níveis pré-industriais para evitar os piores impactos das mudanças climáticas.
O anúncio, por meio de um documento da Casa Branca, reflete o ceticismo de Trump em relação ao aquecimento global, que ele chamou de farsa, e se encaixa em sua agenda mais ampla para liberar perfuradores de e gás dos EUA de regulamentações para maximizar a produção.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, está confiante que cidades, Estados e empresas dos EUA “continuarão a demonstrar visão e liderança, trabalhando para o crescimento econômico resiliente e de baixo carbono que criará empregos de qualidade”, disse a porta-voz associada da ONU, Florencia Soto Nino, em uma declaração por escrito.
“É fundamental que os Estados Unidos continuem sendo líderes em questões ambientais”, disse. “Os esforços coletivos do Acordo de Paris fizeram a diferença, mas precisamos ir muito mais longe e mais rápido juntos.”
Trump também retirou os EUA do acordo de Paris durante seu primeiro mandato, mas o processo levou anos e foi imediatamente revertido pela Presidência de Biden em 2021. A retirada, desta vez, deve levar menos tempo — apenas um ano — porque Trump não estará vinculado ao compromisso inicial de três anos do acordo.
(Reportagem de Jasper Ward)