O vereador de São Vicente (SP) Tiago Peretto (União Brasil), irmão do comerciante assassinado em agosto do ano passado após um escândalo envolvendo a descoberta de um triângulo amoroso, chamou a irmã Marcelly Peretto –considerada suspeita de ter participação no caso– de “crápula” e “dissimulada”.
As ofensas foram proferidas depois que a defesa de Marcelly solicitou à Justiça a exumação do corpo de Igor Peretto, sob o argumento de que havia problemas no laudo cadavérico da vítima.
Em vídeo publicado em suas redes sociais, o vereador acusa a defesa de Marcelly de querer “atrasar o processo, causando mais demora” e de “mexer com os sentimentos da família”.
Tiago também questionou se o pedido teria o intuito de “ajudar a saber quem deu a primeira facada ou recontar as 40 perfurações que fizeram” no irmão dele. Veja abaixo:
O advogado Leandro Weissman, que representa de Marcelly Peretto, confirmou o pedido de exumação, protocolado na última segunda-feira (13), juntamente com a apresentação da resposta à defesa.
Em nota, a defesa argumenta que, “desde o início das investigações, demonstrou interesse em colaborar com a justiça e esclarecer os fatos”.
“A denúncia oferecida pelo Ministério Público se baseia em conjecturas e ilações, sem apresentar provas da participação de Marcelly no crime. A narrativa de um suposto triângulo amoroso e de um prévio ajuste para o cometimento do homicídio não encontra respaldo nas provas e evidências dos autos”, acrescenta a defesa.
A nota do advogado diz ainda que “Marcelly e a vítima, Igor Peretto, eram irmãos e mantinham uma relação de amizade e confiança”. “A acusação, de forma leviana, tenta imputar à Marcelly um interesse financeiro na morte do irmão, o que não se sustenta, já que não há qualquer prova nesse sentido pelo contrário.”
Relembre o caso
Igor Peretto foi esfaqueado e morto em agosto do ano passado em um apartamento em Praia Grande, no litoral paulista. Veja quem era a vítima.
Além Marcelly Peretto, são considerados suspeitos: Rafaela Costa, que era a esposa da vítima; e Mario Vitorino da Silva (cunhado de Igor).
Segundo as investigações, os suspeitos estiveram juntos no apartamento de Marcelly antes de Igor ser encontrado no local. Conforme o inquérito civil do caso e a denúncia do Ministério Público, o crime foi planejado, uma vez que Mário, Rafaela e Marcelly consideraram Igor um empecilho para o “triângulo amoroso”, ou seja, para o relacionamento que os três denunciados mantinham entre eles.
Rafaela, considerada a “pivô” do crime, teria se relacionado com a irmã de Igor antes do crime. Questionada, a defesa de Marcelly afirmou que a mulher relata que estava embriagada e foi beijada a força e acariciada por Rafaela.
Após o crime, os suspeitos fugiram e tentaram ocultar evidências, mas foram presos posteriormente.