Por Rodrigo Viga Gaier
RIO DE JANEIRO (Reuters) – A usina nuclear de Angra 1 fará uma parada programada de maior duração a partir do mês de abril para implementar ações de modernização visando atender pré-requisitos e condicionantes previstas na nova licença de operação, informou a Eletronuclear à Reuters.
A expectativa é de que a paralisação possa durar até 85 dias e já foi comunicada ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
“O prazo exato precisa de concatenação inclusive com serviços terceirizados do exterior… Estamos trabalhando com eles para que toda a modernização desta etapa seja feita no menor prazo possível”, disse Raul Lycurgo, presidente da Eletronuclear.
Segundo o executivo, a parada pode acabar sendo mais curta do que o prazo estimado, chegando a cerca de 60 dias.
“Uma parada normal de troca de combustível nuclear leva entre 25-30 dias… Esta parada será maior, pois temos que fazer a instalação de todos os equipamentos da primeira etapa da modernização de Angra 1 para sua operação por mais 20 anos”, acrescentou o executivo, lembrando que 800 milhões de reais serão investidos neste ano nesse projeto.
Com 640 megawatts (MW) de potência, Angra 1 é a primeira usina nuclear brasileira, tendo entrado em operação há 40 anos.
A unidade, localizada em Angra dos Reis (RJ), obteve renovação de sua licença por mais 20 anos no fim do ano passado. A permissão foi dada pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN).
A usina foi desconectada pontualmente do Sistema Interligado Nacional (SIN) no último sábado, em função de um problema no sistema de óleo de selagem do gerador elétrico principal. A previsão é de que ela retorne às operações ainda neste semana.
(Por Rodrigo Viga Gaier)