Governo descarta mudar prazo de validade para reduzir preço dos alimentos

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Está descartada a proposta de mudança nas regras do sistema de prazo de validade para tentar reduzir o preço dos alimentos nas prateleiras dos supermercados. A afirmação veio do próprio ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, após a reunião.

O chefe do Desenvolvimento Agrário participou da reunião junto com o ministro Carlos Fávaro (Agricultura) e o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Melo. O encontro foi convocado pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, e foi realizado no Palácio do Planalto para discutir soluções para baratear o preço dos alimentos no país.

Após a reunião, Paulo Teixeira afirmou que eles devem voltar a se reunir na sexta-feira (24) para definir as estratégias e apresentá-las ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O ministro não antecipou o que foi decidido e disse que o anúncio será realizado pelo chefe do Executivo.

Questionado sobre a possibilidade de mudar a validade dos alimentos, Paulo Teixeira foi categórico: “Não. Isso aí não está em cogitação “, enfatizou.

A possibilidade de mudar a validade dos alimentos já havia sido descartada pelo ministro Rui Costa durante entrevista à CNN.

A proposta da validade foi apresentada pela a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) que sugere a modernização do sistema de prazos de validade, o chamado “Best Before”.

 

A estratégia indica o período mínimo que um alimento mantém seu sabor e valor nutricional.

Com o “Best Before”, seria indicado ao consumidor nos rótulos dos alimentos a data preferencial de consumo, com a tarja “consumir preferencialmente até”.

Os preços dos alimentos foram colocados na pauta da reunião ministerial da última segunda-feira (20). Na ocasião, Lula falou “reconstrução, união e comida barata na mesa do trabalhador” e pediu para que os ministérios apresentassem sugestões de como baratear os produtos.

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial de inflação do país, encerrou 2024 em 4,83%, com impacto maior no grupo Alimentação e Bebidas, que acumulou alta de 7,69% em 12 meses.

 

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