Retirada de defensivos no Rio Tocantins é cancelada

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O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) informou que até o final de abril, não será possível retirar as bombonas de defensivos que caíram no rio Tocantins, após a queda da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, situada entre os municípios de Estreito/MA e Aguiarnópolis/TO, na BR-226 (Rodovia Belém-Brasília), em 22 de dezembro de 2024. O desabamento provocou 14 mortes e três pessoas seguem desaparecidas.

Segundo o Ibama, os trabalhos de mergulho para retirada das bombonas foram suspensos no dia 10 de janeiro devido ao aumento da vazão de água no rio, impossibilitando operações para retirada dos recipientes com defensivos. Até o momento, 29 bombonas com 20 litros de cada foram retiradas do leito do Tocantins.

Na queda, duas carretas com ácido sulfúrico e uma carregada com defensivos caíram com a estrutura. As transportadoras responsáveis pelas cargas contrataram empresas de resposta a emergências químicas.

“Considerando as dificuldades relacionadas à profundidade do rio no local do acidente, mais de 40m, a vazão de água, visibilidade entre outros aspectos, estimou-se a necessidade de 145 dias de mergulhos para a retirada de todo o material do leito do rio, conforme indicado no Plano de Mergulho da Empresa Port Ship, contratada pela Ambipar para a atividade”, informa a nota.

De acordo com o Ibama, a realização de mergulhos no local só é possível quando a vazão do rio está em aproximadamente 1.000 m³/s – no momento, a vazão está em 7.532 m³/s. A correnteza no rio Tocantins sofre com a influência da Usina Hidrelétrica de Estreito, controlada pelo Consórcio Estreito Energia – Ceste.

Sem garantia

Com o aumento da vazão, as bombonas podem se deslocar da área do acidente, podendo surgir em localidades distantes. O Ibama solicitou ao Consórcio Estreito Energia (Ceste) a previsão do fluxo de água no rio para a realização de mergulhos, com escoamento próximo a 1.000 m³/s, porém, o Ceste informou não ser possível garantir essa vazão no período úmido, que se estende até final de abril.

Canal Rural

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