A Bahia, maior produtor de mamona do país, está otimista com a expansão da produção do grão na safra 2024/2025. De acordo com o último levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a área cultivada no Brasil deve aumentar de 58,7 mil hectares para 64,2 mil hectares, representando um crescimento de 9,4%.
A produtividade também deve subir de 1.484 quilos por hectare para 1.693 quilos por hectare, um aumento de 14%. Com isso, a produção total está projetada para alcançar 108,7 mil toneladas, um crescimento de 24,8% em relação à safra anterior.
De acordo com o Portal da Agropecuária da Bahia, que utilizada dados do IBGE, em 2023, a área colhida de mamona na Bahia foi de 47,8 mil hectares que resultou numa produção de 42,4 mil toneladas avaliada em R$ 131,6 milhões.
Segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) de dezembro, a estimativa de produção de mamona no Brasil em 2024 era de 31.717 toneladas. Na Bahia, era de 29.700 toneladas.
O prognóstico de 2025 é de uma produção nacional de 38.324 toneladas, desse total 36.270 toneladas são da Bahia.
Estimativa de 2024 | Prognóstico de 2025 |
1) Bahia (29.700 t) | 1) Bahia (36.270 t) |
2) Mato Grosso (1.770 t) | 2) Mato Grosso (1.814 t) |
3) Pernambuco (136 t) | 3) Pernambuco (136 t) |
Fonte: LSPA – IBGE |
De acordo com a Secretaria de Agricultura da Bahia (Seagri), a alta constante na cotação dos preços tem sido um fator crucial para essa expansão.
Em janeiro de 2024, a saca de mamona era vendida a R$ 199,70, enquanto em janeiro de 2025, o preço subiu para R$ 272,50, um aumento de aproximadamente 36,5%.
Esse cenário favorável tem incentivado os produtores a ampliar suas áreas de cultivo, muitas vezes substituindo culturas como feijão e milho.
Região
A produção de mamona na Bahia está concentrada principalmente na região de Irecê, no centro-norte do estado, com destaque para os municípios de Canarana, Ibititá, Barro Alto e Mulungu do Morro.
Os grãos são destinados principalmente à indústria de extração de óleo, enquanto as cascas e a torta da mamona são utilizadas como matéria orgânica para o solo.
Além disso, estudos estão sendo realizados para explorar o uso desses coprodutos na alimentação animal, aumentando ainda mais a versatilidade da mamona.
O secretário da Agricultura da Bahia, em declaração, falou sobre a perspectiva futura: “Estamos otimistas com a expansão da área cultivada e o aumento da produtividade, que refletem a confiança dos produtores e o potencial econômico da mamona. Continuaremos a investir em pesquisa e tecnologia para manter nossa liderança e garantir um futuro promissor para o setor.”
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