Bolsa de colostomia: o que é, para que serve e cuidados

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A cantora Preta Gil, 50, revelou que está com uma bolsa de colostomia definitiva. A artista passou por uma longa cirurgia para retirada de um tumor no intestino, em dezembro, e usou as redes sociais no domingo (26) para tranquilizar os fãs sobre seu quadro clínico.

“Estou me acostumando com a minha bolsinha de colostomia. Sim, eu tive que colocar uma bolsa de colostomia, dessa vez definitiva, e não provisória como foi a do ano passado. Dessa vez vou ficar para sempre com essa bolsinha e sou muito grata a ela por isso. Estou me acostumando”, conta em vídeo publicado no Instagram.

O que é a colostomia e para que serve?

A colostomia é uma cirurgia para criar uma abertura para o intestino grosso (também chamado de cólon) através do abdômen. Ela pode ser de curto prazo (temporária) ou longo prazo (definitiva).

De acordo com a Johns Hopkins Medicine, a colostomia não muda a forma como o sistema digestivo funciona todo: normalmente, ao engolir um alimento, ele passa pelo esôfago e, em seguida, chega ao estômago. De lá, ele viaja para o intestino delgado e, posteriormente, para o intestino grosso.

Horas ou dias depois, o resíduo deixa a área de armazenamento, no reto, e sai pelo ânus em formato de fezes. A colostomia interrompe uma parte desse processo. Ao invés de seguir para o reto, as fezes são eliminadas ainda no intestino grosso, sendo armazenadas na bolsa de colostomia.

Quando a bolsa de colostomia é necessária?

A bolsa de colostomia pode ser necessária em quadros de saúde em que o cólon ou o ânus não podem ser usados como normalmente. Segundo a Cleveland Clinic, os casos de colostomia temporária são comuns em condições como:

  • Diverticulite;
  • Doença inflamatória intestinal;
  • Lesão no cólon;
  • Obstrução no cólon ou no ânus;
  • Fístula anal;
  • Colectomias parciais (procedimento que remove parte do cólon).

Já a colostomia definitiva, como Preta Gil, é mais comum em:

  • Incontinência fecal incurável;
  • Câncer colorretal avançado;
  • Remoção permanente do reto e/ou ânus.

Como a colostomia é feita?

A cirurgia de colostomia não é complexa e é feita sob anestesia geral. Ela pode ser feita como cirurgia aberta, com um corte principal, ou laparoscopicamente, com vários cortes minúsculos e, através de uma câmera e instrumentos especiais, o cirurgião realiza a cirurgia.

Existem três tipos de cirurgia de colostomia:

  • Colostomia sigmoide: conecta a parte inferior do cólon, em forma de S, à sua parede abdominal;
  • Colostomia descendente: conecta o lado esquerdo do cólon à sua parede abdominal;
  • Colostomia transversa: conecta a parte superior do cólon à parede abdominal. Geralmente, é temporária.

O tipo de cirurgia a ser realizada será definida pelo médico-cirurgião, considerando a melhor opção para determinada situação.

Depois que a cirurgia é feita, o cirurgião anexa a bolsa de colostomia à pele do paciente. Também existem diferentes tipos de bolsa, incluindo fechadas, drenáveis e mini bolsas — a escolha leva em consideração necessidades individuais.

Colostomia traz riscos?

Segundo o Johns Hopkins Medicine, os riscos da colostomia são os mesmos de outras cirurgias, podendo incluir problemas relacionados à anestesia e reações adversas a medicamentos. Além disso, existem riscos como de sangramento, danos em órgãos próximos ou infecções.

Preparos e cuidados pós-cirúrgicos

Para se preparar para a colostomia, é importante que o paciente discuta as opções, riscos e benefícios com o profissional de saúde de confiança. Caso não seja um procedimento de emergência, o médico prescreverá instruções sobre dieta e uso de medicamentos antes da cirurgia.

Após o procedimento, o paciente também deverá seguir uma dieta específica nos primeiros dias pós-cirúrgicos. A equipe de profissionais de saúde orientará sobre como cuidar da bolsa de colostomia e do estoma (abertura feita no abdômen). Também podem ser prescritos medicamentos para dor.

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