A Polícia Federal (PF) respondeu ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que é necessária a manutenção das medidas cautelares contra Filipe Martins, ex-assessor internacional de Jair Bolsonaro (PL).
A PF diz que Martins, além de ser investigado na trama golpista para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), também consta como investigado na apuração que levou o general Walter Braga Netto à prisão, em dezembro passado, e esse seria um dos motivos.
Martins ficou preso por seis meses e foi liberado com medidas cautelares, que são: a proibição de sair de sua comarca e a obrigação de recolhimento em casa durante a noite, além do uso obrigatório de tornozeleira eletrônica.
Martins está proibido de sair do país e precisou entregar seus passaportes.
O ex-assessor também não pode usar redes sociais, sob pena de multa diária de R$ 20 mil por postagem. Martins está impedido ainda de se comunicar com outros investigados do caso, incluindo Bolsonaro, Anderson Torres e Walter Braga Netto.
“Considerando que o indiciado está sendo investigado no contexto dos fatos apurados na PET 13.299/DF, a Polícia Federal entende necessária a manutenção da custódia dos referidos bens apreendidos na PET 12.100/DF, para fins de eventual confronto e realização de nova extração pericial”, diz a PF no documento a Moraes.
Na última terça-feira (21), o ministro Alexandre de Moraes também determinou que a Justiça do Paraná envie, em cinco dias, relatório com informações das medidas cautelares de Filipe Martins, se ele está cumprindo.