Estamos no limite. Esse foi posicionamento do governador Mauro Mendes (União) ao comentar sobre o eventual rompimento de contrato com o consórcio responsável pelas obras do Ônibus de Trânsito Rápido (BRT).
O gestor afirmou que irá tentar um último acordo com as empresas pelo projeto, antes de acionar os órgãos de controle para avalizar o cancelamento com as empreiteiras. O gestor disse que adotará a decisão que for necessária, mesmo que seja burocrática e dolorosa.
Estamos apertando muito a empresa do BRT. Só este ano, fizemos quatro reuniões com a equipe técnica e não temos limite para tomar uma decisão. Só que estas decisões têm que ser bem fundamentadas. Eu, como governador, e o governo, não podemos tomar decisões no afogadilho e depois fazer uma bobagem e o Estado ter que indenizar uma empresa dessa, explicou, nesta quarta-feira (28), em entrevista à rádio Jovem Pan.
O atraso na execução do projeto tem gerado impactos negativos, incluindo transtornos no trânsito e riscos à segurança de pedestres. O secretário de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra), Marcelo de Oliveira, afirmou ao Jornal A Gazeta que ainda não há uma data concreta para a entrega das obras, embora a intenção do governo seja concluí-las até 2026.
Nos últimos dias, governo e consórcio trocaram acusações sobre os motivos da demora. O governador apontou que medidas mais rígidas seriam adotadas caso não houvesse avanço nas obras. O consórcio, por sua vez, alegou falhas no projeto original e afirmou que o Estado teria determinado a continuidade das obras sem as devidas adequações.
Diante do impasse, Mendes reforçou que a rescisão contratual, apesar de burocrática, não está descartada.