O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União), afirmou que o governo não atenderá integralmente a demanda do funcionalismo público por recomposição inflacionária de anos anteriores. Em entrevista à rádio Jovem Pan nesta quarta-feira (29), o governador reconheceu o passivo existente, mas ressaltou que o estado não pode focar apenas nas demandas dos servidores.
Segundo Mendes, o governo tem como prioridade investir em áreas como saúde, educação, infraestrutura e tecnologia, e não pode paralisar esses investimentos para quitar a questão da Revisão Geral Anual (RGA) dos servidores públicos de anos anteriores.
“O sindicato faz o papel dele de reivindicar. O governo de Mato Grosso tem o salário público entre o 2º ou 3º melhor do Brasil, o servidor tem que ganhar bem, mas o Estado tem obrigações que vão além de só pagar salário. Nós não queremos que o estado volte ao que era em 2018 que nem deu conta de pagar salário. Nós temos que investir em Saúde, melhorar escolas, investir em tecnologia, temos que fazer estrada, temos que fazer o estado funcionar e pagar salário corretamente, mas tem que ter dinheiro para investir nas outras coisas”, argumentou o governador.
Na semana passada, a Assembleia Legislativa aprovou a RGA de 4,83% para os servidores públicos, percentual aceito pela categoria com base no IPCA do ano passado. No entanto, os servidores reivindicam a criação de mesas temáticas para discutir os reajustes pertinentes à categoria, que segundo eles, acumula uma defasagem superior a 20%.
Além disso, os servidores defendem a criação de uma lei estadual que estabeleça os critérios para o pagamento da RGA com data definida, evitando novos desgastes para o funcionalismo. Uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) com esse objetivo já foi apresentada pela deputada estadual Janaina Riva e está em tramitação na Assembleia Legislativa.