Javier Tebas, presidente da LaLiga, admitiu que a liga não pretende permitir que Dani Olmo seja registrado pelo Barcelona para disputar o resto da temporada.
A declaração foi dada pelo mandatário na cerimônia de premiação da Associação da Imprensa Esportiva de Madrid (APDM).
“Somos contra o registro e estamos tomando as medidas necessárias junto aos órgãos competentes, solicitando o cancelamento do registro”, disse Tebas.
O Barcelona não conseguiu provar que estava atendendo às regras de fair play financeiro da liga até o dia 31 de dezembro, que era a data limite. Por isso, a inscrição de Olmo foi cancelada pela LaLiga e pela Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) em 1º de janeiro.
O clube entrou com recurso e o Ministério do Esporte da Espanha (CSD) garantiu, uma semana depois, o registro de Olmo e também do atacante Pau Victor. Porém, a decisão vem sendo muito criticada, não só pela LaLiga, mas também por outros clubes.
“Se nós, como LaLiga, estamos tomando essas medidas, é porque sentimos que a decisão que foi tomada não está de acordo com os regulamentos”, afirmou Tebas.
Campeonato questionado
Apesar de discordar da decisão do CSD, Tebas não considera anular partidas pela escalação dos dois jogadores, já que eles estão inscritos de maneira legítima. Desde a decisão favorável ao Barcelona, Olmo jogou três vezes, enquanto Pau Victor esteve apenas 39 minutos em campo.
“De acordo com o regulamento, quando um jogador está inscrito e tem licença, como faz neste momento o Dani Olmo, por exemplo, não há espaço para contestar o resultado de um jogo em que está envolvido. Mesmo que mais tarde se prove que estamos certos”, explicou o presidente da LaLiga.
Compra milionária
O Barcelona contratou Dani Olmo do RB Leipzig com um vínculo de seis anos em agosto do ano passado por cerca de 55 milhões de euros (R$ 350 milhões), e Victor foi contratado em julho, mas só foram registrados para a primeira metade da temporada devido a considerações sobre o teto salarial de LaLiga.
Após o cancelamento dos registros, o Barça conseguiu apenas a liberação provisória dos dois via CSD. A decisão final da entidade pode demorar até três meses para sair. Mas a posição de LaLiga sobre o caso já está bastante clara.