A Nokia teve lucro operacional ajustado e vendas mais fortes do que o esperado no quarto trimestre, segundo balanço divulgado nesta quinta-feira (30), ajudada pela maior demanda por equipamentos de telecomunicações pelas operadoras de telefonia móvel na América do Norte e na Índia.
A companhia ainda se mostrou otimista em relação às perspectivas para 2025.
A receita líquida trimestral da Nokia aumentou 10%, chegando a 5,98 bilhões de euros, superando a estimativa de analistas de 5,74 bilhões, segundo dados da Lseg.
A empresa disse que as vendas da área de infraestrutura de rede subiram 17% devido a uma forte recuperação na demanda dos provedores de serviços de comunicação, principalmente na América do Norte.
“O que vimos anteriormente é que, quando os mercados mudam, o mercado norte-americano muda primeiro, tanto para cima quanto para baixo”, disse o presidente-executivo, Pekka Lundmark, à Reuters, acrescentando que ele espera que as tendências de melhoria do mercado persistam.
A empresa previu lucro para o ano entre 1,9 bilhão e 2,4 bilhões de euros, em comparação com uma estimativa de 2,13 bilhões da Lseg Workspace.
A Nokia e rival nórdica Ericsson registraram um crescimento de dois dígitos na América do Norte devido a uma recuperação da demanda após anos de fraqueza.
A demanda dos clientes indianos, que caiu significativamente após o rápido crescimento em 2023, também está se recuperando.
Para aproveitar o boom da inteligência artificial, a Nokia fez acordo para comprar a Infinera por US$ 2,3 bilhões no ano passado para ganhar com os bilhões de dólares em investimentos que estão sendo despejados em data centers, como o projeto Stargate de US$ 500 bilhões apoiado pela OpenAI, SoftBank e Oracle.
“Temos interesse em todos os data centers e, supondo que o projeto Stargate seja concretizado, será uma excelente oportunidade de mercado para nós”, disse Lundmark.
O lucro comparável antes de juros e impostos aumentou para 1,14 bilhão de euros, superando os 960 milhões esperados por analistas na pesquisa da Lseg.
Quatro novos bilionários surgiram por semana em 2024, diz Oxfam
