RJ: terreiro de Umbanda é alvo de ataque e roubo; bíblia é deixada no local

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Na madrugada de terça-feira (28), a Casa de Caridade Caboclo Pena Dourada, um terreiro de umbanda localizado no Maracanã, no Rio de Janeiro, foi invadido e alvo de um ataque de intolerância religiosa.

Segundo relatos da mãe de santo Fernanda Franco, os criminosos arrombaram os portões e janelas, reviraram e destruíram objetos de culto, incluindo imagens de Exu (um orixá, divindade africana, presente no Candomblé e na Umbanda), e atabaques.

Eles também furtaram diversos equipamentos eletrônicos e eletrodomésticos, como ventiladores, geladeiras, freezer, expositor de salgados, fogão industrial, micro-ondas, máquina de lavar, televisão e um computador.

Ainda de acordo com Fernanda, os invasores deixaram uma bíblia na porta do terreiro, como forma de intimidar a comunidade e praticar a intolerância religiosa. Veja abaixo:

A CNN conversou com Mãe Emanuelle, que expressou a revolta diante da injustiça e do desrespeito. “Não vão nos calar! Não iremos parar! Iremos resistir e seguir”, declarou.

A Casa de Caridade Caboclo Pena Dourada pediu a colaboração de quem puder ajudar, seja com doações de alimentos, roupas, eletrodomésticos ou qualquer outro tipo de ajuda. Eles também criaram uma vaquinha online para ajudar com os custos.

Além disso, a instituição solicita que qualquer pessoa que tenha informações sobre os responsáveis pelo crime entre em contato através das redes sociais.

A Gerência para Povos e Comunidades Tradicionais da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Clima da Prefeitura do Rio de Janeiro manifestou solidariedade ao terreiro e anunciou medidas reparatórias, como a inclusão da Casa de Caridade no Programa Casas Ancestrais, acolhimento socioambiental e suporte jurídico.

A Coordenadoria de Diversidade Religiosa da Prefeitura do Rio também se pronunciou, reafirmando seu compromisso com a defesa da liberdade de crença e culto, e repudiando qualquer ataque de racismo religioso.

A mãe Emanuelle informou que, devido a problemas no sistema da delegacia, o registro da ocorrência foi postergado para esta quarta-feira (29).

A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), já tomou conhecimento do caso e está investigando o ocorrido.

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