O secretário do Tesouro, Rogério Ceron, afirmou nesta quinta-feira (30) que as falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre a possibilidade de novos ajustes fiscais são positivas.
Em entrevista à jornalistas nesta quinta-feira, Lula afirmou que se depender dele, não haverá novas medidas. O presidente, no entanto, afirmou que, se surgir a necessidade de cortar gastos, o governo irá “sentar e discutir”.
A avaliação de Ceron é de que a fala de Lula é “natural e positiva”.
“O presidente mencionou que, se necessário, ele adotaria medidas para manter o país estável e que a responsabilidade fiscal é compromisso dele. Acho uma sinalização positiva. Uma frase absolutamente natural de se esperar. Ele tem uma preocupação legítima em não prejudicar políticas sociais importantes’, disse.
Trabalho conjunto com Banco Central
Ceron voltou a afirmar que o governo está pronto para colaborar com o Banco Central, visando taxas de juros mais baixas.
“O melhor que podemos fazer é colaborar na medida do possível para ajudar e harmonizar o trabalho do BC. As medidas que estiveram à nossa disposição para fazer com que a política fiscal contribua para o processo de reancoragem das expectativas, é nosso papel fazê-lo”, disse Ceron.
Na última quarta-feira (29), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) voltou a subir a taxa básica de juros do país em um ponto percentual, elevando a 13,25% ao ano.
O movimento de elevação dos juros é utilizado pelo BC para tentar conter a alta da inflação. Com uma taxa mais alta, o crédito encarece e desestimula o consumo e os investimentos, reduzindo a pressão sobre os preços.
“Estamos tentando colaborar para que esse processo seja o mais eficiente possível. Quanto antes dermos sinalizações corretas, menor será o ciclo e menor o custo total para a sociedade nesse processo”, concluiu Ceron.
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