UE indica caminho a um futuro competitivo para alcançar EUA e China

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A Comissão Europeia apresentou nesta quarta-feira (29) seus planos para reverter o declínio industrial no bloco e intensificar esforços para competir com os Estados Unidos e a China em novos campos, como a IA, e para reduzir os custos de energia e diminuir a burocracia.

O Compasso Competitivo define o curso de legislação e iniciativas do Executivo da UE nos próximos dois anos em setores estabelecidos, como aço e automóveis, e novas tecnologias, incluindo biotecnologia e quântica.

“Se a Europa aceitar um declínio econômico gradual e controlado, estará se condenando a uma ‘agonia lenta””, diz o documento, ecoando o ex-chefe do Banco Central Europeu Mario Draghi, cujo relatório sobre a competitividade da UE no ano passado é a base do plano da UE.

Em primeiro lugar, em 26 de fevereiro, será apresentado o Acordo Industrial Limpo, um plano plurianual da UE para ajudar os setores com uso intensivo de energia a descarbonizar e aumentar a produção de tecnologia limpa, acompanhado de ideias para aumentar o fornecimento de energia acessível.

No mesmo dia, o Executivo da UE também revelará planos para reduzir as exigências de relatórios empresariais, com foco em relatórios de sustentabilidade que as grandes empresas precisam apresentar, regras de due diligence e um sistema que define quais investimentos podem ser rotulados como favoráveis ao clima.

A Comissão diz que esse será o primeiro de uma série de pacotes de simplificação em seu esforço para reduzir a carga de relatórios em pelo menos 25% e, para empresas menores, em pelo menos 35%, cortando 37,5 bilhões de euros de custos em cinco anos.

Mais coordenação e integração

O roteiro do Compasso Competitivo também inclui uma proposta para favorecer as empresas europeias em licitações de contratos públicos e uma proposta para que a Comissão coordene as políticas nacionais de infraestrutura de energia, como redes de eletricidade e armazenamento.

O braço executivo da UE poderia ter um papel de coordenação semelhante no investimento e na construção de infraestrutura digital e no uso de Inteligência Artificial, bem como em áreas-chave de fabricação, como medicamentos essenciais.

Outras ideias incluem um regime jurídico especial para empresas inovadoras, para que elas possam fazer melhor uso do mercado único da UE e do acesso ao financiamento, compras conjuntas de matérias-primas essenciais pela UE como um todo e a criação de um mercado europeu único e integrado para o setor de defesa.

A Comissão está sendo pressionada por empresas, pelo Partido Popular Europeu, de centro-direita, e por países como a França, não apenas para simplificar os relatórios, mas também para atrasar ou diluir a legislação climática recentemente aprovada.

O bloco também está enfrentando novos desafios do governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que está prometendo reverter as regras corporativas dos EUA e pediu à UE que facilite a realização de negócios.

Na semana passada, a França propôs adiar indefinidamente uma nova diretriz da UE sobre due diligence corporativo e adiar por dois anos a diretriz de relatórios de sustentabilidade corporativa.

Na quinta-feira, a Comissão ouvirá outras reclamações do setor automobilístico europeu sobre as metas de emissões de CO2 para 2025 e possíveis multas, enquanto lança um “diálogo estratégico” para garantir o futuro do setor.

“Identificaremos soluções imediatas para proteger a capacidade de investimento do setor, analisando possíveis flexibilidades para garantir que nosso setor permaneça competitivo, sem reduzir a ambição geral das metas para 2025”, diz o documento do Compass.

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