Após quatro dias de paralisação, a greve dos motoristas de ônibus de João Pessoa chegou ao fim nesta quinta-feira (30). A decisão foi tomada durante uma assembleia realizada no Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Passageiros e Cargas da Paraíba (Simtro/PB), no bairro da Torre, onde a categoria aceitou a proposta apresentada pelo Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros no Município de João Pessoa (Sintur-JP). Com isso, a frota de ônibus voltou à operação total nesta sexta-feira (31).
A greve teve início na segunda-feira (27) e causou transtornos no transporte público da cidade. A mobilização dos motoristas foi motivada por reivindicações salariais e melhores condições de trabalho. Após negociações mediadas pelo Tribunal Regional do Trabalho da 13ª Região (TRT-13), a situação foi resolvida.
Na quarta-feira (29), houve uma audiência de instrução no TRT-13, presidida pela desembargadora Herminegilda Leite Machado, que propôs um aumento escalonado no vale-alimentação – R$ 500 em janeiro, R$ 550 em julho e R$ 600 em dezembro – além de um aumento linear de 5%.
A proposta também condicionava a formalização do dissídio coletivo por dois anos, com reajustes baseados no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). No entanto, essa proposta foi rejeitada pelos motoristas.
Proposta aprovada
Em seguida, o Sintur-JP apresentou uma nova contraproposta: um aumento escalonado no vale-alimentação (R$ 500 em janeiro e R$ 550 em julho), aumento linear de 5%, e manutenção das demais cláusulas da convenção coletiva por um ano, como o plano de saúde.
Para os motoristas, o valor do vale-alimentação seria integral, enquanto para os demais trabalhadores da categoria, o valor seria 50% da quantia estabelecida. Além disso, o Sintur-JP se comprometeu a abonar as faltas dos motoristas que participaram da greve.
Após a apresentação da proposta, uma nova assembleia foi realizada nesta quinta-feira, onde os motoristas aceitaram as condições oferecidas pelo Sintur-JP. O acordo agora será formalizado no TRT-13 para homologação oficial do pacto entre as partes envolvidas.
