Eleito presidente do Senado, com 73 votos, o senador Davi Alcolumbre (União-AP) afirmou neste sábado (1°) que “nem sempre” agradará aos interesses de todos. O senador volta ao comando da Casa para um mandato de dois anos, sucedendo Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
“O Congresso Nacional deverá ser porta-voz do sentimento dos brasileiros que nos colocaram aqui. Pensar e agir no sentido de facilitar a vida do cidadão, dando mais oportunidades, mais liberdades, mais sonhos. Por vezes, isso nos exigirá um posicionamento corajoso perante o governo, o Judiciário, a mídia ou o mercado. Nem sempre agradaremos a todos”, declarou.
O novo presidente também disse que o Congresso não se omitirá para tomar decisões que “melhorem a vida das pessoas”. Ele também agradeceu o apoio de Pacheco, dos amapaenses e de familiares.
“Antes de cada enfrentamento, cada votação sensível, uma pergunta deverá ecoar em nossas mentes: esse projeto ajuda ou atrapalha o povo? A vida do cidadão que represento será impactada positivamente por essa nova lei? É essa visão que quero convidá-los a partilhar comigo e meu trabalho diário será contribuir para que o Congresso Nacional seja porta-voz desse sentimento”, disse.
Votação
No discurso, Alcolumbre ressaltou a votação “expressiva” que recebeu. Com o placar, ele se tornou o terceiro presidente do Senado eleito com maior número de votos desde a redemocratização.
Os primeiros lugares do ranking são divididos pelos presidentes Mauro Benevides (PMDB-CE), em 1991, e José Sarney (PMDB-AP), em 2003, ambos com 76 votos.
Para a eleição, Alcolumbre teve o apoio de Pacheco (PSD-MG) e de quase todos os partidos da Casa, do PT ao PL. Derrotou os senadores Eduardo Girão (Novo-CE) e Astronauta Marcos Pontes (PL-SP), que receberam 4 votos cada um.
Esse será o segundo mandato de Alcolumbre no cargo. Antes, comandou a Casa Legislativa durante a primeira metade do governo de Jair Bolsonaro (PL) — que abrangeu o primeiro ano da pandemia de Covid-19 — entre 2019 e 2021. Na ocasião, ele recebeu 42 votos.