O Consórcio Construtor BRT Cuiabá divulgou uma nota pública em resposta às declarações do governador Mauro Mendes sobre a possibilidade de rescisão contratual devido ao atraso nas obras do BRT.
Na nota, o Consórcio afirma que não há como cumprir o prazo original, já que até janeiro de 2024, a empresa esteve impossibilitada de executar quase 85% das obras. Essa impossibilidade foi resultado da disputa política entre Mauro Mendes e o ex-prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, que foi resolvida na Justiça apenas em 28 de janeiro de 2024.
Além disso, o Consórcio aponta outros entraves que prejudicaram o andamento das obras, como mudanças nos projetos das estações, do Centro de Controle Operacional (CCO), do terminal Várzea Grande e no projeto de macrodrenagem da região da Prainha. A licença para o trecho de Coxipó também demorou a ser emitida, saindo apenas no início de 2025.
Todos esses fatores, segundo o Consórcio, não apenas inviabilizaram o cumprimento do cronograma original, mas também geraram prejuízos financeiros de R$ 35 milhões.
Diante desse cenário, o Consórcio afirma que está há mais de quinze dias em negociação com a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística de Mato Grosso (Sinfra) para encontrar uma alternativa sustentável e juridicamente segura para a linha BRT que liga Várzea Grande e Cuiabá.
A empresa destaca que uma judicialização poderia resultar em mais atrasos, aumento dos custos e impactos financeiros para todos os envolvidos, e que é importante buscar uma solução responsável para não onerar ainda mais o Estado e prejudicar a população.
O Governo do Estado informou que o governador Mauro Mendes irá anunciar uma decisão definitiva sobre o contrato com o Consórcio BRT na próxima segunda-feira (3).