O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), ressaltou a preocupação com a economia em entrevista à CNN e citou a importância do tema para uma possível reeleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Para ele, essa questão “é fundamental para todo e qualquer projeto político para 2026, o presidente [Lula] não chegará forte para disputar a reeleição em 2026 se a economia não tiver estabilidade”.
“É preciso ter mudança no rumo das decisões. Acho, minha opinião pessoal, e entendo que o partido, principalmente os de centro, estão olhando esse cenário”, apontou.
Hugo ainda ressaltou não ser possível “separar a questão da economia da eleição”.
“Sendo bom para o país, ele colhe o fruto positivo nas eleições. Se a economia continuar não caminhando bem, colherá a reação da população”, completou.
Lula e Bolsonaro são polos mais fortes
Ainda sobre 2026, o novo presidente da Câmara reconheceu que os “polos” mais fortes, para guiar a próxima eleição presidencial, são Lula e o ex-presidente Jair Bolsonaro, que está inelegível.
“Não temos compromisso de alinhamento para 2026. Hoje, um polo, o mais forte, é o Lula, e o outro polo mais forte é Jair Bolsonaro, não tivemos mudança do cenário eleitoral de 2022. Se a eleição fosse agora, nós teríamos uma eleição muito disputada, esse é o real cenário do país”, disse.
O colega de partido e governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, é cotado para substituir Bolsonaro no pleito.
“Com relação a Tarcísio, vejo um grande nome, está fazendo um grande governo lá em São Paulo, é um governador muito preparado e com certeza deve disputar a Presidência da República. Eu só não consigo garantir que será agora em 2026, talvez ele vá para a reeleição e talvez discutir a possibilidade em 2030”, opinou.