Para evitar algemas no Brasil, Fortaleza pode receber deportados dos EUA

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A Polícia Federal (PF) definirá nesta terça-feira (4) se o segundo voo com brasileiros deportados dos Estados Unidos pousará em Fortaleza (CE) e não mais em Belo Horizonte (MG), como era o plano inicial. A previsão é que esse voo chegue ao Brasil na sexta-feira (7).

No primeiro voo, com 88 deportados, os brasileiros desembarcaram na capital de Minas Gerais, mas o governo federal sugeriu mudar para a capital cearense com o objetivo de que os cidadãos não sobrevoem território nacional algemados.

A CNN apurou que nessa segunda-feira (3), a hipótese de mudança foi discutida por sugestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Nesta terça, então, a PF baterá o martelo.

Essa mudança implicaria em outros fatores a serem ajustados, como a ida de Fortaleza a outras cidades dos deportados e também da Operação Acolhida, que havia sido definida em Belo Horizonte para receber os brasileiros.

Este será o segundo grupo que retorna desde o início da gestão de Donald Trump à frente da Casa Branca. O número de deportados ainda não foi divulgado.

O presidente dos Estados Unidos adotou o procedimento de algemar todos os deportados durante o voo de volta à nação dos imigrantes, mesmo os que não cometeram crimes.

Na chegada do primeiro voo no Brasil, as autoridades brasileiras foram surpreendidas com o processo de algemar os imigrantes. Assim que pousou em Manaus (AM), o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, determinou a retirada dos itens.

Em nota, o Ministério da Justiça afirmou que a tentativa de manter o grupo algemado foi um “flagrante desrespeito aos direitos fundamentais dos cidadãos brasileiros”.

Já o Ministério das Relações Exteriores (MRE) considerou “inaceitável” o episódio e diz que os brasileiros foram tratados de forma “degradante”. Segundo a autoridade brasileira, essa situação viola um acordo firmado com o país norte-americano em 2018.

“O governo brasileiro considera inaceitável que as condições acordadas com o governo norte-americano não sejam respeitadas. O Brasil concordou com a realização de voos de repatriação, a partir de 2018, para abreviar o tempo de permanência desses nacionais em centros de detenção norte-americanos, por imigração irregular e já sem possibilidade de recurso”, diz a nota.

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